Em entrevista a um programa de rádio local, o prefeito Arthur Neto criticou o descaso do Governo do Amazonas com as áreas da Saúde e Segurança Pública na capital.
Para Arthur, é necessário uma intervenção na saúde para conter a crise. Recentemente, o Estado se tornou manchete nacional devido o atraso nos salários dos terceirizados, estrutura precária nos hospitais e o óbito de mais uma criança cardiopata que aguardava na fila de espera para cirurgia, totalizando 29 mortes ao longo de 2019.
“Quero me solidarizar com tantas famílias que têm perdido suas crianças por conta dessa ‘desarrumação’ na saúde. Está um absurdo […] talvez uma comissão de altíssimo nível pudesse fazer uma intervenção, aceita pelo governador, para nós resolvermos essa questão da saúde do Estado. Não adianta ficar empurrando”.
Neto também destacou que o Estado tentou transferir a responsabilidade das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) para a prefeitura, entretanto o trâmite teria que passar pelo aval do ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Outro ponto destacado pelo prefeito, é o alto nível de insegurança que predomina na capital. Em apenas dois meses, 80 pessoas foram mortas e os casos seguem sem conclusão.
“Existe tráfico e muita gente de olho fechado. Aqui criou-se uma situação que não se investiga”, afirmou ao relembrar a chacina no bairro Crespo, zona Sul, que culminou na morte de 17 pessoas.
Conforme Arthur, uma equipe da facção Comando Vermelho (CV) foi ao local para atacar a área da Família do Norte (FDN) “o pessoal foi muito mais lá para defender a Família do Norte, é esse ponto que estamos chegando aqui”, referindo-se a possível corrupção que existe entre policiais militares que acabam se envolvendo com o tráfico.
Nos bastidores, o prefeito lembrou ainda que o pai dele, Arthur Virgílio Filho, serviu como policial militar e que respeita muito o trabalho dos bons PMs, que usam a farda para combater crimes.