O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, presidente do PSDB Amazonas, reuniu lideranças e filiados na noite desta quinta-feira, (7), em um encontro que marca as prévias presidenciais da sigla. O encontro aconteceu no Hotel Blue Three Premium.
Virgílio é candidato à presidência da República pelo PSDB, juntamente com Eduardo Leite e João Doria. Durante a reunião, o candidato reforçou a plataforma de campanha focada na defesa da Amazônia que da Zona Franca de Manaus.
“Está na hora de acabar com a choradeira e ir para luta e por isso estou disputando as prévias, mesmo sabendo como elas são difíceis, porque esse é o meu papel, ser o guardião da Amazônia. Estou aqui para tomar conta da Amazônia”, disse Arthur Neto.
Virgílio afirma que não é possível comparar o tamanho político dos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, de onde vem os seus dois adversários na escolha interna do partido para a indicação de quem deverá disputar a presidência da República, que será realizada em novembro deste ano.
“Mas a diferença deles, eu tenho uma tese, de que o Brasil não é nada no cenário mundial sem a Amazônia. Sem a Amazônia ele é um paizinho chinfrim”, afirmou.
Além de uma tese, Arthur Virgílio diz ainda que defende um conceito, que é o da soberania ecológica da Amazônia. “Há anos eu venho dizendo que se o Amazonas não é respeitado, se o Brasil brinca com os desmatamentos e com as queimadas nós teríamos, primeiro o boicote aos nossos produtos e, segundo, a possibilidade de intervenção internacional no país”, afirmou.
O primeiro momento, de acordo com o ex-senador e ex-prefeito de Manaus, já chegou, com vários países da Europa deixando de comprar produtos brasileiros originários de terras indígenas invadidas ou de terras submetidas a ataques ecológicos. “Eles estão preocupadíssimos com grilagem de terras indígenas, estão preocupados muito com o desmatamento, porque tem a ver com a vida deles, tem a ver com aquecimento global”, alertou.
O segundo momento, na opinião dele, não está distante de ocorrer, porque o Brasil não coopera para reduzir o aquecimento global. “Vai acontecer isso se o Brasil não der uma guinada de 180 graus nessa questão do desrespeito ao patrimônio ecológico que temos e estamos jogando fora. Nós temos uma fortuna aqui, e é um absurdo porque temos um povo pobre e com fome, muita fome”, alertou.
Em defesa da Amazônia, Arthur Virgílio também destacou a importância da Zona Franca para manter a floresta em pé. “Temos que desmistificar, acabar com o preconceito e a ignorância sobre a ZFM”, voltou a dizer, alertando para a necessidade urgente de investimentos estruturais no Polo Industrial, assim como a necessidade de aumentar o estoque de capital intelectual e da especialização da mão de obra local, além da diversificação de tecnologias e produtos.