O ator escocês Sean Connery, que eternizou o espião James Bond nos cinemas, morreu aos 90 anos, conforme a BBC informou neste sábado (31), citando a família de Connery. A causa da morte não foi revelada.
Connery interpretou Bond, conhecido como 007, em sete filmes. Sua carreira de décadas lhe rendeu, além do vasto reconhecimento por ter vivido o espião nos cinemas, um Oscar, dois prêmios Bafta e três Globos de Ouro. O ator teve papel de destaque também em filmes como O Homem que Queria Ser Rei, O Nome da Rosa, Os Intocáveis e Caçada ao Outubro Vermelho.
O ator foi o primeiro a dar vida às histórias do agente James Bond criadas pelo escritor Ian Fleming (1908 – 1964). O filme inaugural, de 1962, originalmente chamado apenas Dr. No, tinha como protagonista o então pouco conhecido Sean Connery e sequer levava no nome o 007 que viria a carimbar a mais longa franquia da história do cinema.
Pouco depois, a primeira Bond Girl, Ursula Andress, já seria tratada como a nova Marilyn Monroe, e o escocês Connery, então com 32 anos, mudaria para sempre seu status na cultura pop. Exatas cinco décadas, mais de US$ 5 bilhões arrecadados e 22 filmes depois (o 23º estreia no dia 26 do mês que vem), não apenas o primeiro ator que encarnou o agente mudou seu status: o próprio personagem se reinventou (na pele de outros seis intérpretes), resistiu até à morte de Fleming (John Gardner publicou 14 novas histórias além das escritas pelo criador de 007) e o culto dos fãs atravessou gerações, sobrevivendo ao fim da Guerra Fria e às mudanças geográficas, políticas e tecnológicas.