Hoje é um daqueles dias em que o coração vai bater mais forte – na verdade, já está batendo. O Brasil enfrenta a Croácia, pelas quartas de final da Copa do Mundo de 2022. Só essa informação já basta para entender do que estou falando: mais uma página importante na história do futebol do nosso país, e um duelo de gente grande em que, mesmo com um pentacampeão envolvido, tudo pode acontecer.
Torço para que a seleção brasileira jogue com alegria e coragem, como estamos acostumados a ver. Mas é claro que, enquanto a bola não rola, a gente também se apega à tradição, ao retrospecto, à confiança que nutrimos vendo nossa camisa em campo. Já repassei todos os cenários possíveis na minha cabeça imaginando o que vem pela frente: o nosso time não vira um resultado em Mundiais desde 2002; ao mesmo tempo, ainda é a equipe que mais vezes fez isso em todas as Copas. Ai, ai, ai…
O fato do lateral-esquerdo Alex Sandro não estar 100% para o compromisso de sexta, embora tenha participado do último treinamento, não me preocupa tanto assim: me surpreendi positivamente com a atuação do Danilo, improvisado no setor diante da Coreia do Sul e dando conta do recado. Laterais fortes foram e sempre serão peças-chave no nosso esquema de jogo.
A tendência é que os titulares sejam os mesmos que começaram o duelo das oitavas, com Eder Militão na lateral direita. É um coletivo muito potente e que possui bastante variações táticas, que podem nos ajudar no decorrer da partida. Isso, de certa forma, já me conforta!
Mas a Croácia é uma seleção “chata” e vai dar trabalho. Acredito que os europeus precisarão trabalhar bem os passes para tentar construir jogadas de perigo. Precisamos ficar espertos na transição rápida e na bola parada, armas fortes dos adversários. Eles têm Modric, que, apesar da idade, é o protagonista desse time e uma referência já eleita como melhor jogador do Mundo. Tem que respeitar.
O lado ‘’bom’’ – na verdade, o que eu espero que aconteça – é o fato da seleção croata chegar mais desgastada, uma vez que disputou prorrogação e pênaltis contra o Japão, e talvez com um psicológico mais em xeque. É difícil prever o resultado, ainda mais na Copa do Mundo do Catar, mas, se o Brasil demonstrar o mesmo futebol que desempenhou diante dos coreanos, propondo jogo e fazendo pressão desde o primeiro minuto, é correr para o abraço e sonhar cada vez mais com a tão sonhada taça do hexa.
*Terra