Pré-candidata a governadora, a defensora pública destacou a redução da reincidência de jovens internados no Centro Socioeducativo Dagmar Feitosa, que baixou de 68% para 22% no espaço de um ano, durante período que comandou a Sejusc.
Nesta segunda-feira (28), em Presidente Figueiredo, durante o 1º Fórum Municipal e Estadual de Conselheiros e Ex-conselheiros Tutelares da Calha do Médio Amazonas, a defensora pública e pré-candidata do Partido Democrático Trabalhista (PDT) ao Governo do Amazonas, Carol Braz, destacou a importância do trabalho da rede de proteção à criança e ao adolescente.
A defensora pública, convidada pelo presidente do Fórum de Conselheiros e Ex-conselheiros Tutelares do Amazonas, advogado Erivelt Sabino, elogiou o trabalho incansável e permanente de conselheiros e conselheiras que, apesar das dificuldades, mantêm-se firmes no propósito de construir uma sociedade menos desigual. “Minha parceria com os conselheiros tutelares vem desde 2004, quando atuei como defensora em Manacapuru. Sempre pedi apoio deles para não tomar decisões injustas”, relatou.
Ao abordar a resolutividade das atividades desempenhadas pelos profissionais que atuam com esta camada tão indefesa da sociedade, Carol Braz relembrou o trabalho de integração de poderes e serviços que promoveu durante o tempo em que esteve à frente da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc). “Consegui levar os juízes para dentro dos centros de recuperação de menores infratores. Lá, muitos jovens oriundos de famílias desestruturadas não tinham tido a oportunidade de estudar. Por meio de parcerias, promovemos tanto o ensino tradicional quanto cursos profissionalizantes, dando expectativa para os jovens. A taxa de reincidência, que em 2019 era de 68%, baixou para 22% no ano seguinte. Quando as pessoas têm oportunidades, elas agarram. Espero poder contribuir com vocês para fortalecer a rede. Conselho Tutelar forte representa crianças e adolescentes protegidos”, enfatizou Carol Braz.
A conselheira de Roraima, Jaísa Silva Lameira, avaliou como positivo o encontro que oportunizou a interação com demais conselheiros e ex-conselheiros e que também promoveu o diálogo com autoridades, como Carol Braz, que possuem trabalho sólido na área. “Conforme o artigo 136 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), nós temos o poder de requisitar serviços públicos em benefício de vítimas, não somos executores. Eventos como este nos empodera porque adquirimos ainda mais conhecimentos, como os apresentados pela defensora Carol. Isso nos motiva a continuar a pesada rotina diária que é executada nas ruas e não por meio de home office. Nós, muitas vezes, somos a luz no final do túnel do outro. Não podemos desistir”, declarou a conselheira e palestrante Jaísa.
Erivelt Sabino reforçou a predisposição de aprender e do esforço diária para o aprimoramento técnico e emocional. “Ninguém consegue tirar da cabeça, o que sai do coração. Eu conheço pessoas que apesar de participarem de cursos de capacitação ainda continuam duras em relação a dor do outro”. Ele reiterou que os conselheiros devem dar as mãos a fim de lutar contra as dificuldades como a falta de abrigos para as vítimas de maus tratos e a obtenção de mais apoio por parte das autoridades em todas as esferas de poder.