Informação foi confirmada pelo advogado de defesa da família da vítima, Arthur Cordeiro.
Tribunal de Justiça do Amazonas rejeitou a denúncia do Ministério Público do Amazonas contra Jordana Azevedo Freire, que respondia em liberdade pelo processo que investiga a participação na morte do sargento do exército Lucas Guimarães, em setembro de 2021. Seis pessoas foram denunciadas e se tornaram réus no caso.
Em nota, assessoria do Tribunal informou a denúncia foi rejeitada “em função de não restar demonstrado, na Denúncia – com base nos elementos até então anexados ao Inquérito Policial, avaliados de forma perfunctória – elementos de concatenação de indícios e de verossimilhança e relação de causalidade entre a conduta da denunciada e o homicídio, não atendendo assim, aos requisitos estampados no art. 395, III, do Código de Processo Penal”.
Após a decisão, apenas o marido de Jordana, Joabson Agostinho Gomes, que responde em liberdade pelo crime e outras cinco pessoas, são réus no processo que investiga a morte de Lucas Guimarães.
Réus no processo:
- Joabson Agostinho Gomes, que teria descoberto que a vítima era amante da mulher;
- Romário Vinente Bentes, gerente do supermercado de Joabson e Jordana;
- Silas Ferreira da Silva, suspeito de matar o sargento a tiros;
- Kamylla Tavares da Silva, que teria ajudado Romário a entrar em contato com Silas;
- Kayandra Pereira de Castro, que encontra-se foragida e também teria ajudado no contato com Silas;
- Kayanne Castro Pinheiro, que encontra-se foragida e também teria ajudado no contato com Silas
- A mãe de Lucas Guimarães, Livânia Maria Silva Guimarães, disse que o sentimento dela e de toda a família é de “injustiça”.
“A denúncia do Ministério Publico foi muito bem embasada. Todo o trabalho da policia investigativa e as pericias são claras sobre o envolvimento da Jordana. Não há dúvidas. Tudo muito claro. Para nós a Jordana é uma das mentoras deste crime. A Delegada Geral, após a conclusão do inquérito, disse à imprensa que a Jordana sabia de todo o planejamento do crime e não disse nada ao Lucas. No mínimo, ela é cúmplice. Para nós não é uma decisão nem clara e nem justa. Este é o sentimento da família”, disse Livânia.o advogado de defesa da família da vítima, Arthur Cordeiro, que disse não poder citar mais detalhes sobre a tramitação do processo, por ocorrer em segredo de Justiça. A reportagem tenta contato com as defesas dos réus citados no processo.
O caso
O crime contra Lucas Guimarães aconteceu no dia 1ª de setembro de 2021, quando o sargento foi assassinado no momento em que fechava uma cafeteria, no bairro Praça 14. Um suspeito depois identificado como Silas Ferreira da Silva, entrou no local atirando contra ele. Lucas foi atingido por três tiros na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Após investigações da Polícia Civil, a titular da Delegacia de Homicídios e Sequestros, Marna de Miranda informou que o caso se tratava de um crime passional. As investigações apontam que o sargento tinha um caso com Jordana, casada com o empresário Joabson Agostinho que, ao descobrir a traição, teria mandado matar o sargento.
Antes de serem detidos, no dia 9 de fevereiro, Jordana e Joabson já haviam sido detidos, em setembro, após o crime e permaneceram presos até novembro, quando conseguiram um habeas corpus que revogou a prisão temporária do casal concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).