População não precisa mais apresentar exames para ter acesso ao transporte público e para frequentar espaços abertos.
Após ceder às manifestações e anunciar que iria flexibilizar a política de covid zero, presente há quase três anos no país, a China diminui ainda mais as regras nesta segunda-feira, 5. A capital Pequim, onde muitas empresas estão em pleno funcionamento, não exige mais um teste de covid negativo feito nas últimas 48 horas para que a pessoa tenha acesso ao transporte público. Em Xangai, centro financeiro do país que este ano enfrentou um confinamento de dois meses, os moradores voltaram a frequentar espaços abertos, como parques e áreas turísticas, sem a necessidade de apresentar um resultado de teste recente. A partir de terça a medida será ampliada para um grande número de locais públicos, exceto centros médicos, hospitais, escolas, restaurantes, bares e casas de repouso.
A cidade de Hangzhou foi além e acabou com a campanha de testes em larga escala para seus 10 milhões de habitantes, exceto para os que estão de visita à localidade ou para aqueles que frequenta casas de repouso, escolas e creches. As autoridades de Wuhan, primeira cidade a detectar o coronavírus em 2019, e de Shandong eliminaram no domingo a exigência de testes para o uso do transporte público. E Zhengzhou, sede da maior fábrica de iPhones no mundo, também acabou a necessidade de um teste de covid de menos de 48 horas para permitir acesso a locais públicos, ao transporte público e aos edifícios residenciais. Na cidade de Urumqi (noroeste do país), onde um incêndio que provocou 10 mortes catalisou a onda de protestos contra os confinamentos, os supermercados, hotéis, restaurantes e centros de esqui reabriram as portas nesta segunda-feira.
A decisão chinesa foi elogiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Com a flexibilização das medidas, a imprensa estatal chinesa, que sempre destacou os perigos da covid, decidiu mudar de tom, após a flexibilização das medidas. O jornal econômico Yicai cita o argumento de um especialista em saúde, não identificado, de que as rígidas regras sanitárias devem ser atenuadas. “A maioria dos infectados está assintomática e a taxa de mortalidade é muito pequena”, afirmou o especialista. A Comissão Nacional da Saúde (CNS) chinesa estabelece categorias de doenças de acordo com as taxas de mortalidade e contágio. A flexibilização da política de covid zero acontece em um momento em que a China tem registrado alto números de casos, nesta segunda-feira, por exemplo, foram 29.724.
Fonte: JP Notícias