Depois de 14 anos de espera, o Clíper está de volta à primeira divisão do Campeonato Amazonense. Após bater na trave no ano passado, a Águia Dourada do Parque 10 não deu chance para o azar e, mesmo com a vantagem do empate, não se acomodou e venceu o Rio Negro por 2 a 1 nesta quinta, na Arena da Amazônia, em Manaus, pela segunda semifinal do dia.
Os gols do acesso foram marcados pelo experiente e rodado Raílson, ambos de bola parada, sendo o primeiro de falta e o segundo de pênalti. Já o Galo, que pela primeira vez na história não conseguiu o acesso após ser rebaixado, descontou com Lucas Espiga.
Comandado por Sidney Bento, o Clíper não disputa a elite desde 2006. O Barriga Preta, após queda em 2019, terá que esperar mais um ano. A título e curiosidade, o Rio Negro foi comandado pelo treinador de goleiros Raphael Perrone, pois o técnico Sérgio Duarte testou positivo para Covid-19.
Já classificado, o Clíper agora disputa a final “simbólica” da divisão de acesso contra o JC Futebol Clube, que venceu o Tarumã também nesta quinta, porém em Itacoatiara. Na fase classificatória, o rival interiorano venceu por 3 a 0. A decisão está agendada para domingo, às 16h, novamente na Arena.
Primeiro tempo
Os times começaram sem intensidade, mas o Cliper era o que mais insistia quando tinha a bola. Aos 18 minutos, Kelve fez grande jogada pela direita, cortou para o meio e tocou para Railson dentro da área. O meia teve tempo de arrumar o corpo e colocar no canto, sem chances para o goleiro Oliveira. A resposta por pouco não veio minutos depois.
Raphael Paulista cobrou falta na área, o goleiro Ícaro não conseguiu segurar a bola, que sobrou nos pés de Cleberson, que não conseguiu a finalização. O Rio Negro, dependendo da virada, passou a assustar. Raphael Paulista quase marcou de falta, mas a bola bateu no travessão. Ainda teve tempo para Railson cobrar falta rasteiro, e Edinho Canutama desperdiçar no último lance do primeiro tempo.
Segundo tempo
Os times pouco criaram no segundo tempo. O Rio Negro era o que mais tentava. Tinha a bola, conseguia trocar passes, mas não levava perigo ao gol do Cliper. A Águia deu o primeiro susto só aos 30 minutos. Railson chapelou Cleberson no meio campo, arrancou e chutou fraco. O goleiro Oliveira não defendeu de primeira, e Alberto, esperto, cruzou a bola na mão de Rodrigo Jaspion, dentro da área.
O árbitro marcou pênalti, convertido novamente por Raílson, que se isolou como artilheiro da Série B, com seis gols. No ataque seguinte, o Galo diminuiu. Lucas Espiga recebeu dentro da pequena na área e bateu colocado.
Aos 50 minutos, o Rio Negro reclamou da não marcação de um gol. Depois do escanteio cobrado por Raphael Paulista, Cleberson cabeceou livre na pequena área, e o goleiro ícaro defendeu. Os jogadores do Galo reclamaram muito dizendo que a bola havia entrado. O árbitro mandou o jogo seguir. No final ficou por isso mesmo: Clíper 2 x 1 Rio Negro.
FONTE: GLOBO ESPORTE