Nos últimos 12 meses, a gasolina acumulou uma alta de 50,78%, sendo a principal vilã da inflação do Brasil e contribuindo 2,49 ponto percentual da alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os dados de novembro foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10).
O IPCA já acumula alta de 10,74% nos últimos 12 meses e, mesmo com uma redação no ritmo de alta, o valor para o mês foi o maior desde 2015.
Um levantamento feito pela CNN mostra que a gasolina puxa a inflação no Brasil, sendo acompanhada pela energia elétrica residencial, com uma variação acumulada de 31,87%, e do etanol, que subiu 69,4%.
Vale lembrar que o levantamento realizado também considera o peso de cada item na composição do IPCA. Em 2021, os preços dos automóveis novos subiram 14,24% em comparação com 15,99% dos automóveis usados, porém, a contribuição deles na composição do índice é maior.
Entre as dez maiores contribuições o gás de botijão (alta de 38,88%), gastos com refeição (7,46%), aluguel residencial (6,59%), frangos em pedaços (33,57%) e passagens aéreas (36,53%).
Em relação aos combustíveis e ao gás, o aumento do preço está ligado ao valor elevado do petróleo na cotação internacional. A política de preços da Petrobras segue a cotação mundial, e a alta do dólar agrava a aceleração nos valores.
No caso da energia, a alta no IPCA ocorre por conta do reajuste nas contas de luz para arcar com os gastos de uso das usinas termelétricas, que estão compensando a geração de energia ameaçada devido à crise hídrica no Brasil.
(*) Com informações da CNN