Em uma ilha do Havaí, nos Estados Unidos, vivem curiosos híbridos que surgiram a partir do cruzamento de orcas (whale, em inglês) e golfinhos (dolphin), os “orfinhos” (wholphins). Fugindo do senso comum, as espécies são tão próximas geneticamente que os descendentes são férteis, permitindo a criação de uma pequena linhagem ainda na primeira geração dentro do Sea Life Park, em cativeiro.
A história dos híbridos do Havaí começa com o orfinho fêmea Kekaimalu. O espécime nasceu fruto do acasalamento da mãe golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus), medindo aproximadamente 2 metros, com o pai falsa-orca (Pseudorca crassidens), espécie também conhecida como orca-bastarda, de 5 metros. Por causa da diferença de tamanhos, é difícil imaginar que a gestação não estivesse rodeada de riscos.
Na natureza, existem inúmeros casos de animais híbridos, como a estranha junção entre uma raposa e um cachorro, identificada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ainda existem registros de diferentes espécies de macacos que cruzam entre si.
Aqui, vale dizer que o cruzamento entre falsa-orca e golfinho, talvez, não ocorresse na natureza. No caso de Kekaimalu, ela surgiu pelo fato dos pais “viverem” em uma piscina compartilhada dentro do parque no Havaí, ou seja, o número de parceiros e possibilidade de escape estavam limitados.