Para detectar criadouros de vetor da malária, o mosquito Anopheles, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), realiza, semanalmente, captura de larvas e adultos do mosquito. No primeiro trimestre deste ano, já foram realizadas 16 atividades de campo com coletas entomológicas.
As atividades de rotina são realizadas pela Subgerência de Entomologia do Departamento de Vigilância Ambiental e Controle de Doenças da FVS-RCP (DVA/FVS-RCP) em áreas rurais e florestais ao redor de Manaus. As capturas das larvas são realizadas com coleta de água, por meio de conchas coletoras.
Nas coletas entomológicas, os agentes de endemias identificam os pontos com criadouros que são alvo de atividade de pesquisa em Vigilância Ambiental.
As larvas e adultos coletados são utilizadas como material biológico para criação em laboratório, exposição em atividades de educação em saúde, como as que ocorrem em escolas e empresas; capacitação e provas biológicas de larvicidas e avaliação de mosquiteiros impregnados com inseticidas e para controle da malária.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que as ações de captura de larvas fornecem subsídios necessários à implantação de medidas de promoção e proteção à saúde das populações expostas ao mosquito Anopheles.
“As visitas técnicas a locais com detecção de focos do vetor da malária possibilitam que os estudos de entomologia sejam continuados para que sejam desenvolvidas estratégias para contenção da transmissão da doença a partir da identificação de áreas de riscos com circulação do vetor”, afirma Tatyana.
Segundo o subgerente de Entomologia da FVS-RCP, Ronildo Alencar, as atividades ocorrem rotineiramente e também visam observar as potencialidades do vetor diante de ações de controle. “O processo de captura é a forma de monitorar os vetores da malária, que são alvo de atividades de pesquisa, como até mesmo testes de inseticidas e larvicidas”, conclui Ronildo.
No Amazonas, em 2022, foram registrados 7.424 casos notificados de malária, sendo 3.937 em janeiro e 3.487 em fevereiro. O dado representa redução de 5,8% no comparativo com o primeiro bimestre de 2021, quando foram registrados 6.990 casos notificados de malária, sendo 3.598 em janeiro e 3.392 em fevereiro de 2021. Em todo o ano de 2021, foram registrados 57.194 casos da doença.