Com 18 vacinas preconizadas no Calendário Nacional de Vacinação, a Prefeitura de Manaus iniciou nesta segunda-feira, 5/10, a campanha contra poliomielite e de multivacinação. O público-alvo é formado por crianças e adolescentes na faixa etária de 0 até 14 anos, 11 meses e 29 dias.
O titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Marcelo Magaldi, informa que a campanha segue até o dia 30 deste mês e as vacinas estão disponíveis em 168 pontos de atendimento localizados nas zonas Norte, Sul, Leste, Oeste e rural de Manaus.
“As unidades de saúde estabeleceram fluxos de atendimentos diferenciados para atender a população, levando em conta a pandemia da Covid-19, evitando aglomeração e reduzindo o risco de disseminação do novo coronavírus. E crianças e adolescentes poderão ter apenas um acompanhante para acessar a sala de vacina”, alerta Magaldi.
A lista com o endereço das salas de vacina pode ser consultada no site da Secretaria Municipal de Saúde (semsa.manaus.am.gov.br).
Um dos focos é a imunização contra a poliomielite (paralisia infantil), doença contagiosa causada pelo poliovírus e que não é registrada no Brasil desde 1990. De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), enfermeira Marinélia Ferreira, a meta é manter o país livre da doença.
“O Ministério da Saúde vem alertando que tem crescido o número de pessoas não vacinadas nos últimos anos em todo o país e por isso algumas doenças voltaram a ser um problema de saúde pública, como é o caso do sarampo, e o mesmo pode acontecer com a poliomielite. Um dos motivos é que, por causa do sucesso de campanhas anteriores, uma geração de pais não vivenciou surtos e epidemias que causaram o adoecimento e morte de crianças, então não percebem totalmente o risco de não vacinar os filhos”, informa.
Ela destaca os perigos da poliomielite, doença que pode causar a infecção da medula e do cérebro, deixando a criança permanentemente com paralisia nas pernas e sequelas como pé torto, crescimento diferente das pernas, osteoporose, paralisia dos músculos da fala e da deglutição, além da dificuldade de fala e atrofia muscular.
Atualmente, o Paquistão e o Afeganistão são países ainda considerados endêmicos para poliomielite, com registro de casos da doença. “Isso significa que o vírus continua em circulação no mundo e que, sem vacina, o risco da doença retornar ao país ainda existe”, afirma.
Na campanha contra poliomielite, todas as crianças na faixa etária de um a quatro anos deverão receber uma dose da Vacina Oral contra Poliomielite (VOP). Para crianças de dois meses até 11 meses e 29 dias, os profissionais de saúde irão avaliar o cartão de vacina e verificar a necessidade de doses da Vacina Inativada contra a Poliomielite (VIP), seguindo o preconizado no Calendário Nacional de Vacinação.
Já na campanha de multivacinação, o público-alvo é na faixa etária de 0 até menores de 15 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias), com a oferta de vacinas como a BCG, que previne a tuberculose; Pentavalente, contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e o vírus Haemophilus influenzae B; Rotavírus, contra a gastrointerite; Pneumocócica 10, que protege a pneumonia, meningite e otite; Meningocócica C; Meningocócica ACWY (para adolescentes de 11 e 12 anos); Tríplice viral, que previne sarampo, caxumba e rubéola; varicela; Vacina HPV; Hepatite A; Dupla Adulto, contra difteria e tétano; e febre amarela.
“Na campanha de multivacinação, o objetivo é a atualização do esquema vacinal das crianças e adolescentes, seguindo o preconizado no calendário nacional de vacinação, e por isso é essencial a avaliação do cartão de vacina por um profissional de saúde, sempre lembrando que cada vacina tem uma faixa etária adequada para ser administrada, tanto em crianças quanto em adolescentes”, esclarece Marinélia.
Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa