Pelo menos 56 pessoas foram presas na Argentina após tentativas de roubo em lojas e supermercados nas cidades de Moreno, Tigre, Merlo e José León Suárez, informou, nesta quarta-feira (23), o Ministério Público de Buenos Aires.
Os crimes ocorrem em meio à alta da inflação no país. Segundo relatos de testemunhas, os alvos preferenciais eram locais de bebidas e alimentos.
Roubos isolados e atos de vandalismo foram registrados em pelo menos três províncias da Argentina – Córdoba, Mendoza e Buenos Aires –, que mantêm em alerta inúmeras empresas e autoridades do país.
Uma porta-voz do governo do presidente Alberto Fernández, Gabriela Cerruti, disse, em sua conta no TikTok, que ocorreram assaltos em Neuquén e Córdoba e que a polícia já havia prendido os responsáveis.
Sem apresentar provas, ela acusou o La Libertad Avanza, partido de Javier Milei, o candidato mais votado nas eleições primárias, de ser responsável por uma série de rumores sobre supostos ataques a empresas que circulam nas redes sociais. Segundo Cerruti, para “gerar medo e instabilidade.”
Na segunda-feira (21), Milei disse em suas redes sociais que há paralelos entre o cenário atual com os saques de 2001, que antecederam a demissão do então presidente Fernando de la Rúa.
Patricia Bullrich, candidata presidencial da coalizão de oposição Juntos por el Cambio, disse em suas redes sociais que a Argentina “é um país fora de controle”. “Precisamos da firmeza da lei e da ordem para nos tirar deste inferno”, escreveu ela.
Com um discurso parecido com a porta-voz do governo de Fernández, o governador da província de Mendoza, Rodolfo Suarez, também disse que havia informações falsas circulando e garantiu que a polícia local impediu as tentativas de invasão.
O governo da província de Córdoba também tentou tranquilizar a população. Nas redes sociais, o governo afirma que houve uma reunião junto a Procuradoria-Geral da República e câmaras comerciais e industriais para garantir a segurança e proporcionar tranquilidade ao setor e à comunidade, diante do que eles chamaram de falsos boatos que circulam no WhatsApp e em outras redes sociais.
Fonte: CNN