Andrea Pirlo, tantas vezes campeão como jogador, sentiu o gostinho de erguer o primeiro troféu como técnico nesta quarta-feira (20). E graças a Cristiano Ronaldo e Morata, que decidiram a Supercopa da Itália para a Juventus contra o Napoli, no Mapei Stadium, em Régio da Emília. Foram deles os gols da vitória alvinegra por 2 a 0, ambos no segundo tempo.
O placar poderia ter sido diferente se Insigne não chutasse para fora um pênalti a dez minutos do fim do jogo, quando o placar ainda marcava 1 a 0. A penalidade, cometida pelo colombiano Cuadrado em cima do belga Mertens, foi validada pelo VAR depois de ignorada pelo árbitro de campo, mas nem assim ajudou o time de Gattuso a balançar as redes do rival.
Foi o primeiro duelo entre Pirlo e Gattuso, eternos companheiros de meio-campo no grande Milan de Carlo Ancelotti, no início do século, como treinadores. Gattuso, que já havia batido a Juventus de Mauricio Sarri na Copa da Itália da temporada passada, desta vez perdeu a disputa para o amigo, na sexta final da história entre os clubes. Foi o nono título da história da Juve na Supercopa.
Os primeiros 45 minutos de Pirlo x Gattuso como treinadores foram pouco empolgantes. Cristiano Ronaldo, sempre ele, foi o único jogador da Juve a arriscar finalizações mais perigosas e próximas da área, mas nem ele deu trabalho ao goleiro colombiano Ospina.
Do outro lado, Szczesny foi responsável por evitar o primeiro gol do Napoli, ao espalmar de forma fantástica um cabeceio forte de Lozano, após cruzamento de Demme pela esquerda. Foi o melhor lance da etapa inicial.
O segundo tempo trouxe mais emoções logo nos movimentos iniciais. Bernardeschi quase abriu o placar no primeiro minuto, mas Ospina defendeu chute em cima da linha. Demme respondeu para o Napoli, em finalização dividida com Chiellini.
Mas coube a Cristiano Ronaldo o golpe decisivo da partida. Como um autêntico artilheiro sempre bem posicionado, o camisa 7 aproveitou sobra na pequena área, após cobrança de escanteio, para bater de primeira, com a perna canhota, e dar tranquilidade à Juventus em campo.
O gol fez a Juve melhorar, com mais imposição no campo de ataque, ainda que não criasse mais chances de perigo. O Napoli foi com tudo para a frente nos minutos finais, a partir da entrada de Mertens. Logo no primeiro lance, o belga foi calçado por Cuadrado, em pênalti que Insigne mandou para fora.
Szczesny, que nao teve participação alguma no pênalti perdido, voltou a brilhar a dois minutos do fim, com uma bela defesa em novo confronto com Lozano. No contra-ataque, Cuadrado puxou livre pelo meio e só rolou para Morata bater para o gol vazio e definir a vitória alvinegra.