A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) instaurou um procedimento para investigar os preços altos nas passagens aéreas praticados pelas empresas Azul, Gol e Latam. A decisão foi publicada no Diário Oficial Eletrônico da DPE-AM nessa quinta-feira (07/04).
A portaria assinada pelo defensor Christiano Pinheiro da Costa determina que o órgão colha informações junto à imprensa e pesquise os preços das passagens “em meses anteriores e posteriores à data do Festival Folclórico de Parintins, para fins de instrução do presente procedimento”.
O coordenador do Núcleo de Defesa do Consumidor também requisitou informações das companhias para “justificarem o aparente sobrepreço das passagens aéreas no período do Festival Folclórico de Parintins, oportunizando contraditório e ampla defesa”.
As empresas Azul Linhas Aéreas, Gol Linhas Aéreas e Latam Linhas Aéreas não se pronunciaram até a publicação desta matéria.
Críticas
A alta nos preços das passagens foi alvo de críticas até mesmo de parlamentares do Amazonas. Em março, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (União), disse que foi pego de surpresa e que estava preocupado com o Festival Folclórico de Parintins.
“Ao me programar para o Festival deste ano, me deparei com o valor absurdo das passagens aéreas, na época do Festival. O valor de Manaus para Parintins, no período do Festival, custa em torno de R$ 5 mil. Isso é um absurdo! A população do Amazonas não tem dinheiro para isso. Somente pelos valores das passagens se percebe que deverá ser um Festival muito caro, porque a hospedagem de uma casa para os três dias da festa também está em torno de R$ 5 mil também”, exemplificou.
A perplexidade foi compartilhada pelos deputados Dermilson Chagas (Republicanos) e Belarmino Lins (PP), o qual concordou que é um absurdo uma viagem de ida e volta dentro do Amazonas custar o equivalente a uma viagem para a Europa.