O delegado bolsonarista, que já havia se envolvido na morte misteriosa da namorada dentro de sua própria residência, havia gravado vídeos ameaçadores em alusão ao dia 07 de setembro de 2022. No vídeo, ele aparecia atirando com armas de fogo e afirmando que estaria à disposição de Bolsonaro para combater o comunismo.
Em resposta ao conteúdo, Delegado João Tayah gravou um vídeo dizendo que Bilynskyj não era exemplo a ser seguido por aqueles que aspiram à carreira policial. E concluiu que o bom policial não é o que usa a arma para fazer ameaças, mas sim para proteger a população, cumprir a lei e respeitar a democracia.
Por esta razão, Bilynskyj iniciou processo judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo, alegando ter sofrido dano moral. Após ter decisão desfavorável em primeiro grau, decidiu pagar quase R$ 2 mil em custas para recorrer e teve nova derrota.
Na decisão da 1a Turma Cível do TJ/SP, os juízes confirmaram a decisão do juiz de primeiro grau. É assim decidiram: “Condeno o recorrente ao pagamento de custas e despesas processuais, na forma da lei, bem como ao pagamento de honorários advocatícios que fixo em 20% sobre o valor da condenação, corrigidos monetariamente até a data do efetivo pagamento e acrescidos de juros de 1% ao mês a partir do trânsito em julgado”.
Procurado para comentar o assunto, Tayah afirmou que a justiça de São Paulo apenas confirmou que o fascismo não merece proteção judicial. E que é dever de todo cidadão ético lutar contra qualquer forma de injustiça, opressao, discriminação ou ideia antidemocrática.