Responsável por um dos maiores produtos internos brutos (PIB) da indústria brasileira, a Zona Franca de Manaus (ZFM) é um dos principais modelos econômicos do país e abriga cerca de 600 empresas no Polo Industrial de Manaus (PIM), no Amazonas.
Ao todo, são mais de 100 mil empregos gerados, entre diretos, efetivos e temporários. Além disso, a ZFM representa quase 80% da arrecadação do Estado, o que a torna importante para a economia da Região Norte como um todo.
Contudo, nos dois últimos anos dezenas de empresas deixaram a Zona Franca por diversos motivos, como a pandemia da Covid-19. O Portal Amazônia elencou algumas multinacionais que deixaram o polo industrial e a importância de vantagens competitivas da ZFM.
Vantagens competitivas
A Zona Franca de Manaus corresponde a 34,3% do PIB estadual e está em terceiro lugar na sustentação nacional, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Pode parecer economicamente inviável para uma empresa se manter na região, uma vez que existem problemas de logística e que a distância elevaria o custo da atividade produtiva.
Porém, a ZFM possui vantagens competitivas constitucionais. São elas:
- Redução progressiva do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e isenção do Imposto de Importação;
- Restituição de parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
- Restituição de parte do imposto da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam);
- Isenção do imposto de renda.
Estes são alguns dos fatores responsáveis por atrair investimentos e contribuem para o desenvolvimento social e econômico da região.
Confira algumas multinacionais que já saíram da ZFM:
Sony
Em setembro de 2020, a Sony anunciou que encerraria suas atividades em março de 2021. Apenas operações que envolvem vídeo games, soluções profissionais, músicas e cinema foram mantidas.
Em Manaus desde 1972, a empresa anunciou na época que a decisão visava “fortalecer a estrutura e sustentabilidade de seus negócios para responder às rápidas mudanças no ambiente externo”.
Canon
Inaugurada na Zona Franca em 2013, a Canon, fabricante japonesa de câmeras e equipamentos para fotografia, anunciou em junho de 2021 o fechamento de sua unidade no Amazonas.A decisão partiu da matriz no Japão, e outras fábricas no Brasil e ao redor no mundo não foram impactadas.
Heineken
Diferentemente da Sony e Canon que anunciaram a retirada, a Heineken anunciou em março de 2022 a transferência de sua fábrica para Itu, no interior de São Paulo.
Essa decisão foi consequência direta da redução do IPI e ocorreu em momento de grande insegurança para empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus.
Projetos de implantação
Ainda que o cenário esteja incerto, a Superintendência ressaltou ainda sobre a criação de projetos aprovados pelo Conselho de Administração da Suframa (CAS): “É importante destacar que, entre 2020 e 2021, o CAS aprovou cerca de 40 projetos de implantação que, somados, preveem a geração de 9.259 postos de trabalho (5.501 relativos aos projetos de 2020 e 3.758 relativos aos projetos de 2021). As empresas em questão pertencem aos seguintes subsetores: Produtos Alimentícios, Plástico, Duas Rodas, Químico, Eletrônico, Metalúrgico, Termoplástico, Brinquedo e Editorial e Gráfico”.
Fonte: Portal Amazônia