O ex-presidente Michel Temer concedeu nesta sexta-feira (29), uma entrevista a Revista Veja no qual falou, entre outros assuntos, sobre o impeachment de Dilma Roussef e sobre a acusação de Eduardo Cunha. As informações são da UOL.
Ele afirmou que Dilma tinha “honestidade ímpar” e colocou como responsável as manifestações de ruas pelo impeachment da mesma. “Ela cometeu crime no sentido institucional, com a questão das pedaladas, que levou à responsabilização política dela. Não cometeu crime no sentido penal. Às vezes se acusa a ex-presidente de uma eventual desonestidade. Convivi com ela, claro que muito decorativamente, mas devo dizer ser de uma honestidade ímpar”.
Sobre a acusação de Eduardo Cunha, Temer disse que ele teria conspirado contra Dilma. “O Eduardo, coitado, não foi o autor do impedimento, e nem eu. Ele teve de levar adiante alguns pedidos de impeachment, que, ao ver dele, eram inafastáveis. Quem derrubou a ex-presidente foram os milhões de pessoas que foram para a rua”, falou.
A questão sobre ele poder voltar ao cargo foi levantada, mas Temer respondeu que não há chances dele voltar. “Nenhuma [chance de disputar algum cargo em eleições]. Só se vierem aqui e disserem: ‘Você vai ser entronizado presidente da República’. Mas isso é impossível e não é saudável.”