A epilepsia uma doença neurológica causada por descargas elétricas anormais que podem afetar uma parte do cérebro ou o órgão inteiro.
A epilepsia é uma doença neurológica que atinge 50 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ela é causada por descargas elétricas anormais, excessivas e recorrentes no cérebro, que causam diferentes tipos de ataque epilético.
A doença pode causar diferentes problemas, de acordo com o médico Carlos Alberto, da Unidade de Pronto Atendimento da Zona Leste de Santos, em São Paulo.
“Pode ocorrer desde um quadro de ausência até crises convulsivas. A epilepsia é causada por uma descarga elétrica que desorganiza as ondas cerebrais, e dependendo do lugar do cérebro em que ela acontece, os sintomas mudam”, explica.
Crise Focal
Na crise focal, que pode ser simples ou complexa, apenas uma área do cérebro é afetada. A crise convulsiva focal simples não gera perda de consciência, mas pode causar alterações no olfato, paladar ou audição do paciente, além de movimentos involuntários em áreas específicas do corpo, formigamento e tontura.
Já na crise epilética focal complexa, que hoje é chamada de convulsão focal de percepção comprometida, o indivíduo perde a consciência. Ele não se lembra do que aconteceu e tem comprometimento na capacidade de resposta a estímulos durante a crise.
Crise complexa
Diferente da crise focal, a crise convulsiva bilateral acontece nos dois lados do cérebro. O paciente fica ausente, parece aéreo e realiza movimentos sutis com os olhos. A situação também pode se manifestar em crises atônicas, que provocam perda de controle muscular e podem levar a quedas repentinas.
A convulsão bilateral pode causar uma crise tônico-clônica, outro um tipo de ataque epilético. Ela é caracterizada pela perda da consciência, rigidez e convulsão. Em alguns casos, há a perda de controle da bexiga e língua.
O que fazer durante uma crise de epilepsia?
Durante um episódio de crise epilética onde a pessoa está se debatendo, é importante que o ambiente seja esvaziado, retirando objetos e pessoas de perto do paciente.
Em seguida, deite-o de lado e proteja sua cabeça colocando algo macio embaixo, como um travesseiro ou almofada. Tente afrouxar as roupas do indivíduo e não coloque nada em sua boca ou segure sua língua, pois isso pode machucá-lo ainda mais.
“Atenção às crises que duram mais de cinco minutos e são recorrentes. Elas indicam uma emergência neurológica e, nesses casos, o paciente precisa ser atendido de imediato por profissionais”, alerta o médico.
Depois de uma crise, é importante buscar atendimento médico para avaliação, diagnóstico e início do tratamento, que pode ser realizado com medicamentos que evitam descargas elétricas cerebrais fora do normal.
Fonte: Metrópoles