Oxigênio de emergência da embarcação deve acabar nesta quinta-feira, 22; ruídos ajudaram no redirecionamento das buscas.
As equipes de busca lutam contra o tempo para encontrar o submersível desaparecido com cinco pessoas a bordo na região onde estão os destroços do Titanic. Na quarta-feira, 21, após a detecção de ruídos, as buscas foram redirecionadas e novos reforços foram colocados na missão, já que as 96 horas de oxigênio de emergência estão se esgotando. “Não sabemos o que são esses ruídos”, disse o capitão Jamie Frederick, porta-voz da Guarda Costeira dos Estados Unidos. O oficial pediu que as pessoas permaneçam “otimistas e esperançosas” de encontrar os cinco desaparecidos com vida. A área onde os destroços do Titanic estão é repleta de metais e objetos que podem emitir ruídos, afirmou o almirante dos EUA John Mauger à emissora americana CBS. “Por isso é tão importante termos especialistas da Marinha que entendam a ciência por trás dos ruídos e possam classificá-los e nos dar informações sobre suas origens”, explicou.
Cinco barcos equipados com sonares e tecnologias de ponta se juntaram às buscas nas últimas horas e ajudam na varredura de uma área de 20 mil km² – o equivalente ao Estado de Sergipe. As buscas chegam à profundidade de até 4 quilômetros, enquanto aviões sobrevoam a região procurando sinais do submersível. O Pentágono enviou um novo avião C-130 e outros três C-17. O Instituto Oceanográfico da França também anunciou o envio de um robô submarino. A Marinha Real do Canadá enviou um navio com câmera hiperbárica a bordo e especialistas com assistência médica. Outras embarcações também se dirigem até o local. A empresa proprietária do Polar Prince, o barco que lançou o submersível, a Horizon Maritime, também confirmou que está enviando outra embarcação com equipe de buscas em águas profundas.
A comunicação com o submersível foi perdida no domingo, cerca de duas horas após o equipamento começar a descida em direção aos destroços do Titanic, a quase 4 mil km de profundidade. Estão no submersível o bilionário britânico Hamish Harding, o empresário paquistânes Shazada Dawood e seu filho Suleman, o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet e Stockton Rush, CEO da OceanGate, empresa responsável pelo passeio. Segundo a companhia, os ingressos para visitar os destroços do TItanic custam US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,2 milhão) por pessoa.
Fonte: JP Notícias
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