“Esse é um evento do Brasil e da Amazônia, espero que no final a gente consiga encontrar várias estratégias junto aos grupos de estudos das universidades e dos demais colaboradores desse processo, para, além de apresentar uma proposta de matriz econômica para somar a ZFM, atingir e realizar o desenvolvimento sustentável também da região”, explicou ele.
Idealizado para pensar a Amazônia do século XXI com foco no desenvolvimento sustentável da região, o Fórum Amazônia +21, foi apresentado ontem, 21, em reunião na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). O projeto será em maio de 2020 em Porto Velho (RO) e põe em pauta temas globais, como: biociência, tecnologia e meio ambiente; inovação e desenvolvimento sustentável; além das economias criativa e circular.
A ideia apresentada pelo diretor técnico da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, Armando Moreira Filho, é valorizar e integrar os noves países da região amazônica, produzindo modelos sustentáveis para o desenvolvimento socioeconômico. Para ele, é notório que o Amazonas, assim como os outros estados como Pará, Acre e Amapá, produz muita ciência e possui centros de pesquisas para produção cientifica, porém, em nível de informação, a Amazônia não está internalizada no país.
“Manaus, por exemplo, tem produção científica muito interessante, mas quando a gente vai levantar informações, 80% do que se fala sobre Amazônia não está internalizado no país, é produzido fora, nas universidades ou nos centros de pesquisa de todo o mundo. Temos acesso a 20% do que é produzido, com tradução para o português, portanto a grande maioria do conhecimento científico não está aqui”, ressaltou Moreira, ao acrescentar que daí surge o Amazonas +21.
Com três dias de palestras, debates, oficinas e cases de sucesso, o Amazônia +21 quer, segundo Moreira, elevar o patamar de discussão sobre a região amazônica. Com isso, é preciso diversificar a matriz econômica do Amazonas que, apesar do notório valor da Zona Franca de Manaus (ZFM), precisa criar novas alternativas para gerar riquezas aqui além dela.
A proposta levantada pelo diretor técnico da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, Armando Moreira Filho, foi defendida pelo vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, como necessária para unificar o que já existe e agregar na matriz econômica do Amazonas e do país como um todo.
“Esse é um evento do Brasil e da Amazônia, espero que no final a gente consiga encontrar várias estratégias junto aos grupos de estudos das universidades e dos demais colaboradores desse processo, para, além de apresentar uma proposta de matriz econômica para somar a ZFM, atingir e realizar o desenvolvimento sustentável também da região”, explicou ele.
Os diálogos e ações presentes no evento estão centrados, de acordo com Moreira, em quatro eixos temáticos: negócios sustentáveis, para gerar riqueza e renda em toda região; ciência e tecnologia, para fomentar e convergir às pesquisas e estudos sobre a Amazônia; cultura, sociedade, meio ambiente e diversidade, para valorizar e comunicar sobre as culturas amazônicas; além do mapeamento e ampliação dos fundos para projetos e empreendimentos sustentáveis.
A proposta da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, realizadora do fórum, é que seja feita a materialização de um fórum internacional permanente de diálogos, em favor de uma identidade cultural e econômica com novos modelos de desenvolvimento regional sustentáveis para a região amazônica, em caráter nacional e internacional.