Em seu perfil no Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, declarou que o país enviará “o oxigênio necessário” para atender a rede hospitalar de Manaus. Nesta quinta-feira (14), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a demanda por oxigênio no sistema de saúde amazonense é seis vezes maior do que a oferta, e anunciou que seis aeronaves vão sair de Guarulhos (SP) rumo a capital do Amazonas com cilindros.
“Por instruções do presidente Nicolás Maduro, conversamos com o governador do Estado do Amazonas, Wilson Lima, para colocar imediatamente à sua disposição o oxigênio necessário para atender a contingência sanitária em Manaus. Solidariedade latinoamericana acima de tudo!”, afirmou Arreaza no Twitter.
O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, disse à imprensa que o consumo diário de oxigênio teve um pico de 30 mil metros cúbicos em 2020. Neste mês, o pico de consumo foi de 70 mil metros cúbicos em apenas um dia.
Com a nova explosão de casos de covid-19 no Amazonas, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus nesta quinta-feira (14) levando pacientes internados à morte por asfixia, segundo relatos de médicos que trabalham na capital amazonense.
O Hospital Universitário Getúlio Vargas, ligado à Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ficou cerca de quatro horas sem o insumo na manhã desta quinta, o que gerou desespero entre os profissionais, segundo relatou ao jornal O Estado de S. Paulo uma médica da unidade, que não quis de identificar.
O número de sepultamentos em Manaus quintuplicou em um mês, conforme dados divulgados pela prefeitura. Na quarta (13), 198 enterros ocorreram na capital do Estado, dos quais 87 tinham confirmação para covid-19 e sete eram de casos suspeitos. Em 13 de dezembro foram 36 óbitos, seis com resultado positivo para o vírus – o que representa um aumento de 450%.