O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), iniciou neste sábado (02/01) um trabalho de revisão e adequação de fluxos e protocolos das maternidades estaduais, voltados para o atendimento de pacientes grávidas e puérperas com Covid-19. Com suporte da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), cada unidade vai reforçar o plano de segregação de pacientes vítimas do novo coronavírus, com fluxo de atendimento e equipe de profissionais exclusivos, evitando o contato com outras áreas da unidade.
A ação de ampliação do número de leitos para pacientes com Covid-19 nas maternidades públicas faz parte do Plano de Contingência montado pela SES-AM e em execução desde o mês de novembro, que tem reorganizado a rede para o aumento da capacidade de assistência das unidades hospitalares a pacientes com Covid-19 no Estado.
Nesta sexta-feira (1º/01), o governador Wilson Lima anunciou a abertura de 59 leitos no Instituto da Mulher Dona Lindu, sendo 13 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O secretário de Saúde, Marcellus Campêlo, reforçou que a secretaria está trabalhando para garantir a segurança de pacientes e profissionais das unidades.
“Nós estamos trabalhando estruturas de segregação, fluxo de pacientes, de segurança sanitária, com o apoio da FVS, de modo que eles fiquem segregados em uma mesma estrutura. E é isso que estamos fazendo em toda a nossa rede, identificando possibilidades de ampliação de uma forma segura, de modo que tanto os pacientes fiquem em uma área exclusiva, quanto os profissionais de saúde sejam exclusivos para tratar de pacientes com Covid”, afirmou Campêlo.
Segundo o diretor-presidente da Cooperativa Pediátrica de Assistência Neonatal, o médico Francisco Santos, a adequação está sendo necessária em virtude do momento vivido no estado.
“O momento por que a gente está passando é ímpar com essa situação da pandemia, as medidas que estão sendo tomadas são necessárias e de urgência, daí a necessidade da rapidez do processo. Apesar da necessidade da rapidez, o processo está sendo discutido com toda a classe, e nós estamos tendo o cuidado e a segurança para fazer essas modificações sem ter prejuízo no atendimento, na parte materna e dos pacientes neonatais”, explicou.
Segregação – Desde o início da pandemia, todas as unidades da rede estadual de Saúde passaram a contar com áreas exclusivas para o atendimento e tratamento de pacientes suspeitos ou com Covid-19 confirmado. São as chamadas Salas Rosas, que nunca deixaram de funcionar, mesmo com a queda do número de casos e internações vivenciada em alguns meses de 2020.
Dessa forma, com o recrudescimento da Covid-19 no Estado, a SES-AM está revisando esses protocolos, garantindo assim a segurança dos usuários.
O Instituto da Mulher Dona Lindu já iniciou o processo de reorganização da unidade para receber essas pacientes. Segundo a diretora da maternidade, Dalzira Pimentel, todos os fluxos de entrada e saída de pacientes e funcionários da ala Covid serão devidamente separados dos demais.
“O nosso segundo andar será todo disponibilizado para esse tipo de paciente, mas serão feitas todas as barreiras para que pacientes não Covid não se misturem. Nós teremos elevador específico para esses pacientes e teremos também entradas e portas totalmente vedadas para que não haja risco de contato entre uma ala e outra”, afirmou a diretora.
FOTOS: Divulgação/SES-AM