Na tarde de quinta-feira (04/02), o Amazonas superou a marca de 500 pacientes com Covid-19 transferidos para dar continuidade ao tratamento em outros estados brasileiros. A iniciativa, em conjunto com o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, tem sido positiva. Para atingir o resultado, o Governo do Amazonas segue reforçando as ações de cuidados com os pacientes, antes, durante e após o translado.
As transferências são preparadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), por meio de seu sistema de regulação. Em paralelo a isso, a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), Secretaria de Justiça e Cidadania, Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) e o Fundo de Promoção Social (FPS), trabalham conjuntamente nessa iniciativa, na prestação de apoio psicológico e social.
“Da hora em que o paciente entra para o processo de transferência, ele já recebe o atendimento psicológico no próprio leito onde está. A partir do momento em que ele viaja passa por todo um acompanhamento, com a equipe médica especializada do Ministério da Saúde, do hospital que recebeu e da SES Amazonas” destaca Viviane Dutra, subcoordenadora de projetos sociais da UGPE.
Durante a internação, o paciente é acompanhado pela equipe do hospital. Ao retornar, uma equipe de assistentes sociais, uma em cada localidade, se encarrega da logística que envolve desde a ida do paciente do hospital ao aeroporto, até a volta do aeroporto para suas respectivas casas. O transporte é feito em parceria da Seas e FPS, junto à Casa Militar.
“Em paralelo a isso, nós temos a parceria, o apoio de muitos, como, por exemplo, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), por meio da OAB do Amazonas, houve uma mobilização e em cada estado a gente já começa a contar com esse suporte”, diz Viviane, ressaltando ainda que os pacientes continuam sendo observados e amparados pelo Estado, mesmo após o retorno para casa.
Parente referência – Os pacientes transferidos têm a opção de indicar um parente de referência, que receberá informações do paciente diariamente. O familiar em questão também tem o apoio das equipes do Governo do Estado; e também da própria equipe psicossocial dos hospitais em Manaus. Após a transferência, os hospitais repassam diariamente ao parente de referência o boletim médico, além de possibilitar uma visita virtual.
Com toda a transparência no repasse das informações sobre os pacientes transferidos, a recomendação de Viviane é a de evitar a viagem de um acompanhante, com o intuito de resguardar a saúde do familiar e evitar possível contaminação.
“Se a família tem condições de custear isso, por meios próprios, é muito importante que se certifique de que esse parente que vai não esteja acometido pela Covid. Nós temos situações em que parentes foram para o estado de destino do tratamento; e lá apresentaram sinais de adoecimento, inclusive, chegando à internação com o paciente. Hoje o estado está mobilizado e fazendo toda a estrutura necessária para os pacientes, para os parentes o acompanhamento é virtual”, explica a subcoordenadora.
FOTOS: Lucas Silva/Secom