A quadrilha atuava há mais de um ano e vitimava servidores públicos, em sua maioria professores
Um grupo criminoso composto por cinco pessoas foi preso suspeito de aplicar golpes de estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos contra servidores públicos e, em sua maioria, professores da rede estadual de ensino.
A ação denominada de Operação Embat foi deflagrada nesta sexta-feira, 17, pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Segundo o delegado Cícero Tulio, a quadrilha atuava há mais de 1 ano e tinha vários núcleos para executar os empréstimos junto a uma empresa de tecnologia que coletava dados de servidores.
“É uma investigação que durou pelo menos 1 mês e meio e estava atuando nas instituições financeiras da zona Sul de Manaus. Conseguimos identificar essa quadrilha que possuía vários núcleos subdivididos, sendo um deles responsável por realizar furtos de identidades que eram deixados em setores de achados e perdidos de instituições publicas e privadas. Outra parte colhia dados de servidores afim de coletar informações sigilosas e pessoais de servidores públicos, principalmente professores da rede estadual de ensino e então parte do grupo se dirigia às instituições bancárias para a execução do golpe”, explicou.
No total são sete alvos. Cinco pessoas foram presas, sendo duas mulheres e três homens, e há mais dois foragidos: Luan Maia Macedo e Rafael Bruno Lima de Souza. O delegado informou também que Rafael, mais conhecido como Rafael Brasil, já é investigado por falsificação de documentos vinculada ao tráfico de drogas.“Um deles é o Rafa do PCC, ele já é investigado pela nossa unidade policial em razão de uma organização criminosa que opera no Norte de Brasil realizando falsificação de documentos e ascensão desses documentos falsificados para que integrantes do tráfico de drogas possam sair do estado e não serem identificados”, pontuou.
Vítimas
Foram cerca de cerca de 200 professores que tiveram seus documentos utilizados para realizar empréstimos em bancos e instituições financeiras, com valores de R$ 50 a 80 mil, o que levou a polícia a reportar ao Governo do Estado solicitando criar protocolos de segurança mais rigorosos afim de evitar o vazamento dessas informações.
De acordo com o Cícero Túlio, a maioria dos presos já tem passagem pela polícia. Um dos líderes dessa organização criminosa, conhecido como ‘Manuelzinho’ já foi preso 15 vezes e responde por 19 processos.“Um dos líderes dessa organização criminosa responde a 19 processos em razão de falsidade ideológica, falsificação de documento público, estelionato e outros crimes da mesma natureza. O Marcelo Salas foi preso no ano passado envolvido em esquema criminoso que atuava em roubos e residências e extoava esses valores para outros integrantes”, disse.
Até o exato momento, estima-se que os criminosos tenham faturado cerca de R$ 800 mil com a prática ilícita, mas as investigações ainda devem continuar para apurar de forma mais incisiva e detectar mais envolvidos e vítimas.
Fonte: A Crítica