A noite de domingo, 26/4, foi marcada pela liberação de mais sete pacientes que faziam tratamento contra a Covid-19, no hospital de campanha municipal Gilberto Novaes, gerido pela Prefeitura de Manaus em parceria com o grupo Samel e o Instituto Transire, localizado no Lago Azul, zona Norte. No total, 48 pacientes já receberam alta médica no hospital desde o início de suas atividades, em 14/4, quando recebeu as primeiras pessoas que testaram positivo para infecção pelo novo coronavírus.
“É gratificante saber que um lugar, construído para ser escola, está salvando tantas vidas que estavam sendo atormentadas por esse vírus. Isso mostra que a união do poder público e da iniciativa privada tem dado respostas positivas à população manauara em meio a esse caos na saúde. Estamos caminhando para garantir a vida de muito mais pessoas”, declarou o prefeito Arthur Virgílio Neto.
O autônomo Cláudio André Gonçalves, 42, chegou no hospital de campanha na última terça-feira, dia 21, e com o tratamento recebido foi liberado em menos de uma semana. “Pensei que eu não fosse conseguir, mas aqui eu encontrei a solução, o carinho, a medicação certa. Aqui é um lugar de cura e de exemplo para outros hospitais, pois tem compromisso com a vida”, afirmou.
A dona de casa Raquel Francisca, 32, esposa de Cláudio, recebeu seu marido na entrada do hospital. “Se não fosse pelo prefeito, a população mais carente não teria acesso a esse tratamento por falta de plano de saúde. É uma atitude muito nobre e espero que Deus abençoe todos os envolvidos nessa luta”, desabafou.
Outro paciente que recebeu alta foi Francisco Balieiro, que completa 62 anos nesta segunda-feira, 27 de abril. “Mais do que um presente, é um novo nascimento. O tratamento aqui é excelente, como deveria ser feito em todo o Brasil e não só aqui”, disse Francisco, reforçando que o isolamento social é a melhor medida de prevenção.
Atendimento
Atualmente, o hospital de campanha, dirigido por Ricardo Nicolau, atende 38 pacientes, divididos em duas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e outros 33 em leitos de unidades semi-intensivas. Um dos tratamentos utilizados é o “método Vanessa”, implantado pelo grupo Samel, que tem gerado bons resultados por meio de ventilação não-invasiva.
“Funciona como estufa, só que bem ventilada, onde os aerossóis não são propagados. O paciente tem um suporte ventilatório mais adequando do que se estivesse em ar ambiente ou intubado. com isso, a gente consegue ver a melhora e a progressão desse paciente”, detalhou a médica Thais Prinzeff, do grupo Samel.
Texto – Alan Marcos Oliveira / Semcom