Em 2023, o mundo registrou o menor número de novas infecções pelo vírus HIV desde 1990, segundo relatório da Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids). Foram 1,3 milhão de novos casos, marcando uma queda em relação aos 2,5 milhões registrados em 1990 e ao pico de 3,3 milhões em 1995. Mulheres e meninas foram responsáveis por 44% de todas as novas infecções do ano passado. O documento foi divulgado nesta semana, em alusão ao Dia Mundial de Combate à Aids, celebrado neste domingo (1º.dez.2024).
Desde 2010, as novas infecções por HIV diminuíram 39%. O resultado é atribuído à ampliação de programas de prevenção e tratamento, incluindo educação sexual, testagem, aconselhamento, campanhas de conscientização, distribuição de preservativos e iniciativas voltadas ao tratamento de dependências químicas. Leia a íntegra do relatório (PDF – 2 MB). No Brasil, entre 2007 e junho de 2023, foram notificados 489.594 casos de infecção por HIV, segundo dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). A região Sudeste concentra 41,5% dos casos (203.227), seguida pelo Nordeste (21,3%), , Sul (19,1%), Norte (10,2%) e Centro-Oeste (7,9%). Em 2022, o país registrou 43.403 novos casos, sendo 34,7% na região Sudeste e 26,3% no Nordeste. O número de infecções subiu 17,2% entre 2020 e 2022, com aumento mais expressivo no Norte (35,2%) e no Nordeste (22,9%). Grupos sociais mais vulneráveis, como jovens mulheres, homens gays, profissionais do sexo, pessoas trans, usuários de drogas injetáveis e pessoas privadas de liberdade, enfrentam desafios adicionais. Segundo a Unaids, o acesso à informação e à prevenção é fundamental, sendo a comunicação entre pares uma estratégia eficiente.
Fonte: Poder 360