A estudante de Direito e influenciadora digital, Ingrid Caroline Borges Gonçalves, de 20 anos, foi presa em flagrante por policiais da 14ª DP (Leblon), acusada de tentativa de estelionato. As informações são do O Globo.
Segundo os agentes, no momento da prisão, a jovem tentava fazer reserva de temporada num apartamento na Avenida General San Martin, no Leblon, na Zona Sul do Rio, alugado para temporada pelo site da administradora do imóvel.
De acordo com a polícia, Ingrid utilizava dados de cartões clonados para fazer a reserva. A acusada foi autuada em flagrante pelo crime de tentativa de estelionato. A estudante de Direito é influenciadora digital e possui 188 mil seguidores apenas em uma rede social.
A jovem costuma postar em seu perfil imagens de viagens por diferentes estados do Brasil. Em muitas fotos ela aparece em pontos turísticos.
Segundo a polícia, Ingrid tentava dar entrada sem a documentação exigida no check-in em um dos apartamentos. Em depoimento, o proprietário do imóvel contou que, ao chegar ao apartamento, encontrou Ingrid pedindo uma corrida pelo aplicativo.
A jovem disse a ele que havia desistido da locação por não ter conseguido validação necessária no check-in com a documentação apresentada.
Foi solicitado à jovem o mesmo cartão utilizado na locação, mas ela informou na recepção que não estava em posse do cartão, tendo nesse momento seu check-in negado.
A vítima, administrador de apartamentos por temporada, disse que o que gerou a desconfiança dele foi o fato de Ingrid fazer o aluguel para o mesmo dia, pelo site e sem negociação de valores. A influencer pagou o aluguel no valor de R$ 3.944,00 com cartão de crédito.
No momento do check-in, já no interior do apartamento, quando foi solicitada a autorização de débito à distância, uma foto do cartão utilizado e foto da identidade de Ingrid, ela não apresentou nenhum dos documentos citados, o que também gerou desconfiança.
Ingrid acabou confessando que o cartão usado não era seu. Na delegacia, ela disse que é digital influencer e veio para o Rio de Janeiro para passear e tirar fotos para divulgação do seu trabalho. Disse ainda que recebeu uma proposta de um empresário que lhe ofereceu serviços de compra de passagens aéreas e hospedagem em troca de divulgação da empresa.
Ela contou que aceitou, fez alguns vídeos e que, além da divulgação, também fazia pagamentos que variavam entre quinhentos e mil reais por viagem realizada, englobando as passagens aéreas e a hospedagem, fazendo os pagamentos por PIX. Ela explicou que desisitu do apartamento porque o empresário havia ligado e afirmado que tinha arrumado outro hotel melhor. Sobre as reservas, explicou que o empresário cadastrava cartões de crédito de titularidade desconhecida, porém indicava ser ela a dona dos cartões no cadastro.
Segundo a polícia, a fraude consiste no emprego de diversos cartões de crédito de titularidade de terceiros para a realização de reservas, através de sucessivas tentativas de compra até a aprovação do pagamento. Em contrapartida, Ingrid pagava ao empresário um valor inferior àquele cobrado pela empresa de locação/ companhia aérea/ hotel.