Ao retornar para Manaus, Ademar conheceu um casal que lhe apresentou a droga na forma em pó. Depois, ele, a mãe e a irmã fizeram experimentos para descobrir qual seria a melhor forma de usar a substância, visando render mais aplicações e consumo, segundo a polícia.
O irmão de Djidja Cardoso, Ademar Farias Cardoso Neto, de 29 anos, apresentou a cetamina para família após ter contato com a droga durante uma viagem a Londres, onde faria um tratamento contra dependência química. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (10) pelo delegado Cícero Túlio, que conduz a investigação sobre a atuação do grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, criado pela família da ex-sinhazinha do boi Garantido e que promovia o uso indiscriminado da substância anestésica que causa alucinações e dependência.
O delegado afirmou que, antes de viajar para Europa, Ademar e familiares tiveram contato com outras drogas. Por isso, ele teria ido a Londres, para realizar uma espécie de tratamento. Ao retornar para Manaus, ele conheceu um casal que lhe apresentou a cetamina na forma em pó.
“A partir de então, ele e seus familiares começaram a fazer uma espécie de experimentação para descobrir qual seria a melhor forma de utilização, visando render mais aplicações e consumo. Foi assim que chegaram à forma de aplicação subcutânea, que permite a injeção do medicamento diretamente no tecido que fica abaixo da camada superficial da pele e acima do tecido muscular”, explicou o delegado.
De acordo com o delegado, Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja e de Ademar, além de usar a droga, começou a realizar uma espécie de culto onde fazia uma interpretação equivocada da doutrina apresentada no livro “Cartas de Cristo”.
A partir de então, eles passaram a cooptar outras pessoas, principalmente funcionários do salão de beleza de Cleusimar a participarem do grupo religioso que forçava o uso da droga para alcançar uma falsa plenitude espiritual.