A má fase do Liverpool segue intacta. E agora ainda pior, já que o time viu cair nesta quinta-feira (21) uma incrível invencibilidade de 68 jogos em Anfield. Com gol de pênalti de Barnes, após falta de Alisson dentro da área, o Burnley fez 1 a 0 na casa dos Reds, se distanciou da briga contra o rebaixamento da Premier League e aumentou o calvário dos atuais campeões, agora bem mais longe do líder Manchester United.
Com dois empates e três derrotas nos compromissos mais recentes do campeonato, o Liverpool estaciona na quarta posição, com 34 pontos, seis abaixo do United, ambos com 19 jogos. Entre os dois maiores campeões estão Manchester City e Leicester City, ambos com 38 pontos, mas o City leva vantagem por ter uma partida a menos (contra o Everton, em Goodison Park, ainda sem data).
Já o Burnley pula para 19 pontos e abre sete de vantagem para a zona de rebaixamento. O gol da vitória saiu aos 37 minutos da etapa final, após falta de Alisson em Barnes dentro da área. O mesmo pegou a bola, assumiu a responsabilidade e chutou no canto esquerdo do goleiro brasileiro para definir o resultado surpreendente.
Antes disso, o que se viu foi exatamente o jogo que todos esperavam. Contra um Burnley limitado e segurando-se na defesa, com exceção a raras descidas ao ataque, o Liverpool teve que rodar a bola de um lado para o outro até encontrar espaço na defesa adversária.
Não foram muitos, é verdade. O time de Klopp melhorou a partir do 20º minuto, quando, mesmo sem a inspiração de outros tempos, empilhou finalizações a gol. Shaqiri, Oxlade-Chamberlain, Origi, Alexander-Arnold e Robertson arriscaram e só forçaram uma defesa de Pope.
A melhor oportunidade caiu nos pés de Origi, que, aos 42 minutos, aproveitou recuo bisonho da zaga, avançou totalmente livre até a área e bateu no travessão. Antes do intervalo, uma pequena confusão entre os jogadores contagiou até os dois treinadores: Klopp e Sean Dyche trocaram palavras ríspidas no túnel, a caminho do vestiário.
Para o segundo tempo, era esperada uma pressão extra do Liverpool, que se materializou em chances criadas por Alexander-Arnold e Salah, em chutes de canhota dentro da área. Nas duas vezes, brilhou a estrela de Pope para evitar a abertura do placar.
Klopp aumentou a aposta, colocando Salah e Firmino em campo, o que fez o Liverpool superar os 70% de posse de bola. O Burnley, fechadinho, se permitiu um breve momento de liberdade aos 21 minutos, em que Barnes chutou para linda defesa de Alisson. O lance, porém, foi anulado por impedimento.
O que não foi anulado foi o pênalti de Alisson a oito minutos do fim. Após ganhar de Fabinho na corrida, Barnes acabou derrubado por Alisson. Assumiu o papel de cobrar o pênalti e garantiu uma vitória histórica para o Burnley, além de uma derrota das mais amargas da Era Klopp em Anfield.