A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, anunciou nesta quinta-feira (20) a renúncia ao cargo que assumiu há 45 dias, três dias antes da morte de Elizabeth 2ª. Truss, que fica no cargo até a escolha do sucessor, disse que uma votação para substituí-la será realizada ‘até a próxima semana’.
Hoje, diante de dezenas de repórteres, Truss afirmou que aceitou o desafio em um momento de “grande instabilidade econômica e internacional”. Disse também que não pode cumprir o mandato para o qual foi eleita pelos membros conservadores e está renunciando ao cargo.
“Dada a situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita pelo Partido Conservador”, disse. O chefe da oposição trabalhista, Keir Starmer, já se manifestou e pediu eleições imediatas depois da saída da primeira-ministra.
A passagem de Truss representa o mandato mais curto de um primeiro-ministro no Reino Unido — antes dela, George Canning serviu por 119 dias antes de morrer em 1827.
Os problemas começaram quando o primeiro chanceler de Truss, Kwasi Kwarteng, assustou os mercados financeiros com seu mini-orçamento em 23 de setembro, lembrou a rede britânica BBC.
Desde então, a inquietação conservadora se transformou em raiva generalizada dentro do partido parlamentar.
A renúncia segue cenas dramáticas na Câmara dos Comuns na noite passada durante uma votação. A pressão pela saída de Truss ganhou força nas últimas horas, o que se concretizou agora.