SAÚDE
A maternidade Dr. Moura Tapajóz, da Prefeitura de Manaus, realiza neste sábado, 19/3, das 8h30 às 14h, mais um mutirão para a inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU), método contraceptivo oferecido gratuitamente pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
A primeira edição do mutirão ocorreu no dia 5 deste mês, e na ocasião atendeu mais de 50 mulheres que optaram pelo procedimento, para evitar gravidez. A inserção do DIU é um dos serviços oferecidos pela secretaria no programa de Planejamento Reprodutivo que a maternidade disponibiliza. Em média, são realizados 50 procedimentos semelhantes por semana.
“O DIU é um método anticoncepcional muito bom, com taxa de eficácia de 99,3%, e com durabilidade de até 10 anos, indicado, principalmente, para pacientes com contraindicações ao uso da pílula hormonal ou com risco de trombose, mas que também é excelente para aquelas mulheres que normalmente se esquecem de tomar o anticoncepcional oral (pílula)”, explicou a enfermeira obstetra e diretora da maternidade, Núbia Cruz.
Conforme o subsecretário de Gestão da Saúde da Semsa, Djalma Coelho, que acompanhou o último mutirão, a maternidade Dr. Moura Tapajóz tem um dos mais completos serviços de planejamento reprodutivo em Manaus.
“Nós temos, na rede municipal de saúde, além da Moura Tapajóz, outras oito unidades distribuídas em todas as zonas da cidade, que também oferecem esse procedimento. Nossa demanda por esse serviço também é grande. No ano passado, entre os meses de julho e dezembro, foram realizados mais de 700 procedimentos, entre inserção e retirada de DIU”, informou.
Atendimento
A inserção do DIU na Moura Tapajóz é disponibilizada para todas as mulheres em idade fértil. Aquelas que decidirem pelo uso do método devem comparecer à maternidade para uma primeira consulta, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, ocasião em que receberão informações sobre o método e sobre o procedimento de inserção. Após a avaliação e confirmação de que não apresentam quadro de contraindicação, as pacientes são orientadas a retornar quando estiverem menstruadas, para inserção do dispositivo. As puérperas (mulheres que estão passando pelo puerpério, período pós-parto que se inicia logo após a saída da placenta), no entanto, não precisam atender ao critério de estarem menstruadas para o procedimento e têm até 90 dias para marcar a colocação do dispositivo intrauterino com prioridade de agendamento.
Após a inserção do DIU, a mulher retornará à maternidade 30 dias depois para realizar ultrassonografia, a fim de garantir o correto posicionamento do dispositivo. Posteriormente, a paciente será avaliada a cada 6 meses até completar os dez anos da colocação.
Na rede particular de saúde, um procedimento de inserção de DIU pode chegar a R$ 2 mil, entre o dispositivo e a mão de obra médica.
Tendência
Conforme dados do Ministério da Saúde, no Brasil, somente 1,9% das mulheres em idade fértil usam o DIU de cobre para evitar a gravidez. Mundialmente, no entanto, a tendência é outra, e o DIU de cobre se sobressai como o método anticoncepcional reversível mais utilizado. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são aproximadamente 170 milhões de usuárias, ultrapassando a pílula anticoncepcional, que tem em torno de 110 milhões de adeptas.