O Amazonas é o estado brasileiro com maior potencial de futuro, desde que os governantes, federal e estadual, tomem as decisões corretas em relação à exploração racional de suas riquezas. A afirmação foi feita pelo ex-governador José Melo (PROS), na manhã desta terça-feira (09/11), durante entrevista ao programa “O Garotinho”, da Rádio Difusora.
Melo já havia revelado, no início da semana, que pretende disputar vaga no parlamento estadual, nas eleições de 2022. E hoje, diante do radialista Valdir Correia, foi categórico: “Temos a solução para a recuperação do nosso Estado!”, revelou, completando que o Amazonas sofre os efeitos negativos de vários ciclos, começando pelo Ciclo da Borracha (1879/1912).
Segundo Melo, Deus colocou no Estado as maiores riquezas de minérios do Brasil, que ainda hoje se encontram praticamente intocadas. “A Paranapanema atua, há mais de 50 anos, explorando somente o estânio. O restante está todo aí. O agronegócio brasileiro importa 90% do potássio que consome. E temos, na região de Autazes, 80 anos de fornecimento de potássio para o agronegócio do país. Tudo está disponível, a céu aberto, sem que seja preciso tirarmos uma árvore sequer. Enquanto isso, o Brasil importa. É um contrassenso!”
O ex-governador destacou, durante a entrevista, a enorme quantidade de ouro retirada de solo amazonense sem que nenhum valor seja revestido para os municípios de onde o minério é explorado. Isso vem acontecendo há anos, de acordo com Melo, principalmente nas regiões de Maués e de Nova Olinda do Norte. “Exploram nossas riquezas e nada é deixado para o interior. É preciso criar mecanismos legais para que ocorra a exploração sem causar danos ao meio ambiente e beneficiando a localidade de onde o ouro é extraído”.
Matriz Econômica
Melo lembra que durante sua gestão como governador do Amazonas, de 2015 a 2017, chegou a reunir embaixadores, cientistas da Europa e do Brasil, ambientalistas da região Norte, além de representantes da indústria e do comércio em um hotel de selva, no município de Rio Preto da Eva. Na ocasião, foi elaborado um projeto batizado de Matriz Econômica, cujo objetivo era nortear a exploração, de forma sustentável, das riquezas do Estado.