O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer, nesta segunda-feira (19), que o governo trabalha para ampliar o programa Minha Casa, Minha Vida para os setores da classe média.
“Vamos tentar criar condições para quem pode pagar um pouco melhor também ter um sistema de financiamento”, disse Lula durante a live “Conversa com o Presidente”.
Segundo Lula, o programa Minha Casa, Minha Vida deve construir mais de 2 milhões de habitações até o fim de 2026.
Ele afirmou ainda que as casas não serão apenas para as pessoas mais pobres, como também para os trabalhadores de classe média ou pequenos empreendedores, que ganham R$ 9 mil.
Conquistar a classe média é um dos principais objetivos políticos do governo petista. A última pesquisa Datafolha feita antes do segundo turno das eleições de 2022 mostrou uma rejeição considerável a Lula nesse estrato social.
Enquanto Lula tinha 61% de intenção de votos entre os mais pobres, Jair Bolsonaro tinha 39%. No entanto, entre a população que ganha entre dois e cinco salários mínimos, Bolsonaro tinha 55% de intenção de voto e Lula 45%.
A volta do Minha Casa, Minha Vida
O programa atual tem como objetivo facilitar o financiamento de habitações para famílias que moram em áreas urbanas, com renda mensal bruta de até R$ 8 mil, e famílias em áreas rurais, com renda bruta anual de até R$ 96 mil.
Originalmente criado no segundo mandato do governo Lula, em 2009, o programa Minha Casa, Minha Vida foi extinto durante a gestão Bolsonaro em 2020. No entanto, uma nova iniciativa chamada Casa Verde e Amarela foi lançada, trazendo modificações em vários critérios.
Em fevereiro deste ano, o governo Lula retomou o programa por meio de uma medida provisória. A nova versão enfatiza a população de baixa renda, reservando 50% das unidades do programa para famílias com renda de até R$ 2.640. Essa faixa de renda havia sido eliminada na versão do governo Bolsonaro.
Fonte: Money Times