O traficante Diellisom Wendril Alves Pinheiro (28), o “Didi”, um dos homens assassinado a tiros na noite desta quinta-feira (7), no município de Codajás, é o mesmo que foi preso em outubro do ano passado, e gravou vídeo acusando compra de votos para o então candidato Wilson Lima, que venceu a eleição para governador.
“Didi” estava junto com Gabriel dos Santos (24) em um bar no começa da estrada Codajás-Anori, quando foram executados a tiros.
A Polícia não tem pista dos assassinos.
Em Codajás, o comentário é de que “Didi” pode ter sido vítima de “queima de arquivo” porque falou demais.
COMPRA DE VOTOS – Foram agentes da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai) que prenderam no dia 19 de outubro de 2018, Diellison Wendel Alves Pinheiro, “o Didi”, acusado de comandar o tráfico de drogas em Codajás (distante 297 quilômetros de Manaus), com R$ 17 mil e duas armas.
Em depoimento aos policiais da SEAI, Diellison disse que R$ 12 mil seriam utilizado para comprar votos em favor do candidato ao governo do Amazonas, Wilson Lima (PSC), dois dias antes da eleição.
Conforme informações da polícia, “Didi”, – que estava sendo investigado há quatro meses pelos crimes de tráfico de drogas e de pirataria, – ao ser questionado sobre a origem do dinheiro, disse que um homem identificado apenas como “Paulo”, intermediário do candidato, ofereceu os R$ 12 mil para a compra dos votos. Segundo ele declarou à Polícia, cada eleitor receberia R$ 50. “Era para comprar votos pro Wilson Lima porque eu devo favores a ele”, disse, em vídeo gravado pela polícia.
O microempresário disse aos policiais que o encontro com o intermediário do dinheiro ocorreu no Hotel Tucunaré, em Codajás. Aos policiais, “Didi” disse, ainda, que iria receber R$ 5 mil pelo serviço de compra de votos.