Na Indonésia, a tragédia se abateu sobre 22 alpinistas na segunda-feira (4) após a erupção do vulcão Marapi, na Sumatra Ocidental. Entre os registros dolorosos desse evento, destaca-se o impactante vídeo de uma mulher alpinista que, momentos antes da erupção, gravou seus últimos momentos, testemunhando a devastação iminente.
No vídeo, a alpinista aparece ao lado de colegas, alguns quilômetros distantes do local da erupção. Entretanto, em uma segunda filmagem, ela mostra que a poeira tóxica alcançou o grupo, dando suas declarações finais antes de enfrentar o trágico desfecho.
Das 75 pessoas que estavam na área no momento da erupção, apenas três sobreviveram. Jodi Haryawan, porta-voz da equipe de busca e resgate, informou que os corpos de 11 alpinistas foram recuperados na segunda-feira, todos sendo alpinistas locais. A busca pelos desaparecidos continua, sem uma decisão sobre quando encerrar as operações.
“Continuamos a procurar alpinistas desaparecidos. Ainda não decidimos quando vamos parar a operação”, afirmou Jodi. Inicialmente, 49 alpinistas foram evacuados da área, muitos deles sofrendo queimaduras.
O resgate dos corpos do vulcão, uma tarefa árdua que levou de quatro a seis horas para cada remoção, destaca a complexidade da operação diante da perigosa condição do local. Com 2.891 metros de altura, o vulcão Marapi lançou cinzas a uma altitude de até 3 quilômetros no domingo, desencadeando uma das maiores tragédias envolvendo alpinistas na região.
O Marapi é conhecido como um dos vulcões mais ativos de Sumatra, e a erupção mais mortal ocorreu em abril de 1979, resultando na perda de 60 vidas. A Indonésia, situada no “Anel de Fogo” do Pacífico, abriga 127 vulcões ativos, de acordo com a agência de vulcanologia. A recente erupção do Marapi destaca os desafios enfrentados pelos habitantes e a constante ameaça imposta pela atividade vulcânica na região.
Fonte: CM7