Em sua terceira final olímpica, Bruno Fratus enfim realizou o sonho de criança e conquistou a medalha de bronze na noite deste sábado (31), com o tempo de 21s57. O ouro ficou com o americano Caeleb Dressel, e Florent Manadou, completou o pódio, com a prata.
Depois das frustrações em Londres-2012 e no Rio de Janeiro-2016, quando ficou em quarto e em sexto, respectivamente, Fratus se consolidou como um dos protagonistas em provas de velocidade. Deu a volta por cima e acumulou bons resultados em Mundiais, ao conquistar duas pratas (2017 e 2019), o que o credenciou à disputa pelo pódio em Tóquio.
Um dos principais velocistas do país, Fratus nasceu em Macaé (RJ). Foi em São Paulo que ele explodiu, depois de passar a ser treinado por Albertinho Silva. E depois teve como técnico o australiano Brett Hawke. Hoje, Fratus é treinado pela esposa e nadadora Michelle Lenhardt.
Fratus tem sete medalhas em Jogos Pan-americanos, sendo cinco de ouro e duas de prata, todas elas conquistadas entre Guadalajara 2011 e Lima 2019. No currículo, o nadador tem ainda quatro medalhas em Campeonatos Mundiais: três pratas e um bronze (Kazan 2015, Budapeste 2017 e Gwangju 2019).
Aos 32 anos, Fratus é um dos integrantes mais experientes da delegação brasileira no Japão. Tóquio foi sua terceira participação olímpica. Em Londres-2012, bateu na trave e terminou em 4º nos 50m. Quatro anos depois, no Rio, ficou em sexto.
Fratus foi o último nadador brasileiro a competir em Tóquio. Na piscina do Centro Aquático Olímpico, a equipe nacional participou de quatro finais —além do bronze de Scheffer, disputou medalha nos 200m borboleta (Leo de Deus terminou em 6º), 800m livre (Guilherme Costa ficou em 8º) e 4x100m livre (8º colocado).
Em Tóquio, o brasileiro priorizou a disputa dos 50m, abrindo mão de integrar a equipe de revezamento 4x100m livre —mesmo não classificado especificamente para ser convocado para a equipe poderia nadá-la. Na capital japonesa, suas performances foram crescentes.
Fratus avançou nas eliminatórias com 21s67. Na semifinal, o brasileiro baixou o tempo para 21s60, terceira melhor marca entre os oito finalistas.
Regularidade
Fratus tem se mantido o nadador brasileiro com resultados mais consistentes em grandes competições nos últimos tempos. O brasileiro fez pódio em mundiais quatro vezes. Em 2019, foi prata em Gwangju com o tempo de 21s45, atrás apenas de Dressel. Antes, em 2017, também foi prata na edição de Budapeste, 21s27 —sua melhor marca na prova em piscina de 50m—, novamente atrás do americano, e bronze em Kazan-2015. A outra medalha foi de prata, em Budapeste-2017, com o revezamento 4x100m livre.
Fonte: Uol