Após neutralizar Davi Almeida na eleição para o Governo no ano passado e detonar agora o presidente da Assembléia Legislativa do Amazonas (ALEAM), Josué Neto, o senador Omar Aziz pretendia fazer uma outra vítima, porém, seu plano fracassou.
O alvo seria o vice-prefeito Marcos Rotta, recém chegado ao Democratas (DEM), mas Rotta descartou e disse não querer conversa alguma com o senador de quem já foi vítima não uma mas várias vezes.
Nesta sexta-feira (1), Josué Neto surpreendeu a todo meio político ao anunciar a desistência de concorrer a disputa pela Prefeitura de Manaus em 2010. Surpresa porque o ex-presidente praticamente estava em pré-campanha, já aparecia bem nas pesquisas e tinha um potencial enorme na disputa.
Depois, de cabeça mais fria, Neto confirmou o que o meio político já imaginava que sua desistência tinha sido obra do senador Omar, dono do PSD, partido ao qual o presidente da ALEAM é filiado.
“Não houve convergência para uma saída amigável do PSD”, disse Josué Neto confirmando então que sua candidatura foi detonada, implodida por Omar Aziz.
Davi Almeida foi outro alvo do ego de Omar quando o senador obrigou Davi a desistir de candidatura ao Governo por seu partido, o PSB, em 2018 o obrigando a procurar outra legenda.
Omar tentou fazer o mesmo com Marcos Rotta quando usou blogs aliados para plantar a informação de que apoiaria o vice-prefeito. Porém, calejado com as traições de Omar, Rotta anunciou que não queria apoio do senador. Depois Omar e seus blogs aliados procuraram desmentir o que eles mesmo haviam dito.
Nos bastidores se comenta que Omar mexe as peças do tabuleiro para tirar de cena o maior número possível de candidatos, para aí sim, escolher um e apostar todas as suas fichas nas eleições para prefeito em 2020.
Outras fontes afirmam que o candidato mais provável seria o mesmo do governador Wilson Lima de quem o senador é aliado. Wilson disse recentemente que o Governo do Estado não lançará candidato nas eleições do ano que vem, mas tudo pode não passar de um blefe.
Mais uma vez nos bastidores se comenta que Omar e o Governo estudam a possibilidade de apoiar o vice governador Carlos Almeida.
“Não queremos apoio de uma pessoa que é acusada na operação maus caminhos e vamos montar um bloco político para partir pra ofensiva. Vamos procurar neutralizar essas mexidas no tabuleiro dele e de seus aliados”, disse um dirigente de um partido político que pediu anonimato.