Uma tragédia marcou o Dia das Mães de uma moradora de São Paulo. O pai do filho dela matou o menino e depois se suicidou. O homem estava insatisfeito com o processo de guarda da criança.
O garoto, Johan Pelepenko, de 10 anos, estava no centro de uma briga judicial. Os pais, separados desde 2013, disputavam a guarda do menino. Na última 4ª feira (4.mai), a Justiça negou ao pai, Joathán Pelepenko, de 40 anos, o pedido para que o filho morasse durante um ano com cada um.
A advogada da mãe do garoto, Daniela Giovanni, conta que nem o Ministério Público, nem a juíza concordaram com a proposta, alegando que essa divisão não traria um bem-estar para a criança. “Se definiu a manutenção aí sim da guarda compartilhada, com residência fixa pra mãe. […] Naquele momento foi algo que ele não aceitou, mas não revidou. A gente presenciava que ali existia uma insatisfação muito grande da parte dele, mas, ao final da audiência, ele disse ‘eu não concordo com nada, mas vou aceitar’”, relata advogada.
O pai, que é do Rio Grande do Sul, veio a São Paulo no último final de semana e convenceu a mãe a deixar o menino passar do sábado (7.mai) com ele. Os dois ficaram hospedados em um hotel. O pai levaria Johan de volta no dia seguinte, mas o garoto não apareceu no domingo (8.mai). Por volta das 10h30 da manhã, funcionários do local chamaram a polícia. Os PMs arrombaram a porta do quarto, no segundo andar, e encontraram os corpos de pai e filho perto da cama, com tiros na cabeça. Joathan estava com a arma na mão.
De acordo com o boletim de ocorrências, ele deixou um bilhete em um caderno que foi recolhido pela perícia. O conteúdo da carta não foi divulgado. A mãe do garoto, extremamente abalada, ainda não foi ouvida.