Indivíduos foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos após denúncias das vítimas
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 52ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de São Paulo de Olivença (a 985 quilômetros de Manaus), em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), realizou, na quarta-feira (02/02), ação policial para apurar casos distintos de estupro de vulnerável, cometidos contra duas adolescentes indígenas, nas comunidades São Domingos II e Deregune, ambas no Alto Solimões.
De acordo com a investigadora Glória Glaucia do Nascimento, gestora da 52ª DIP, as diligências iniciaram após o recebimento de denúncias, feitas pelas vítimas, relatando o crime.
“O primeiro caso ocorreu contra uma adolescente de 13 anos, cujo autor é seu próprio tio, um homem de 52 anos. Ela relatou que, após sentir dores, foi levada à unidade hospitalar do município, onde foi constatada uma gravidez em decorrência dos abusos sofridos”, disse a gestora.
Segundo Glória, a vítima contou o que havia ocorrido aos pais, que a acompanharam até à delegacia, para efetuar a denúncia.
“Durante relato, a adolescente explicou que seu tio cometia o crime desde que ela tinha 11 anos e, aos 13, desconfiou que estava grávida. A menina contou que nunca revelou sobre a situação, pois o infrator a ameaçava e tinha medo da reação do seu pai”, disse a investigadora.
Sobre o segundo caso, a autoridade policial informou que se trata de uma adolescente de 12 anos, vítima de um estupro praticado por um conhecido da família.
“Ela sofria o crime desde os 6 anos de idade. No dia 27 de janeiro deste ano, o tio da vítima descobriu o que estava acontecendo e alertou os pais da menina, ocasião em que a denúncia foi formalizada na delegacia”, disse Glória.
A gestora explicou que, após colher informações sobre os respectivos casos, iniciaram as diligências a fim de elucidá-los. “Nós nos deslocamos até os locais dos fatos, para conduzir os autores à delegacia. Eles irão prestar depoimentos e ficarão custodiados na 52ª DIP, à disposição da Justiça”, ressaltou a investigadora.