O futebol teve mais um dia histórico – e bem polêmico! Cristiano Ronaldo balançou duas vezes as redes da Udinese em vitória da Juventus pelo Campeonato Italiano e conseguiu nada menos que superar Pelé em gols oficiais por clubes e seleções. São agora 758 do português (em 1.035 jogos) contra 757 do Rei do Futebol (em apenas 815 partidas).
As contas, porém, não são claras. E não é sequer possível afirmar quem é o maior artilheiro de todos os tempos com precisão exata.
Há duas dificuldades:
- Contar de fato todos os gols dos jogadores mais antigos
- Separar os chamados gols oficiais dos gols marcados em amistosos – isso sem nem falar da contextualização histórica, que acaba fazendo os craques do passado ‘perderem’ gols em um período em que amistosos as vezes eram mais importantes que partidas oficiais.
Pelé, por exemplo, aparece com 767 gols em lista da RSSSF, um dos sites mais usados para o uso destes dados de artilharia.
Na contagem, porém, ele tem um gol pela Seleção Militar em 1959 e nove pela Seleção de São Paulo entre 1959 e 1962 – período em que ele defendia o Santos.
A “revisão” retirou esses 10 gols, passou a considerar apenas gols oficiais por clubes (Santos e Cosmos) ou pelo Brasil e fez com que Ronaldo empatasse a marca já neste domingo.
Na teoria, os dois agora dividem a terceira posição na lista. Considerando a contagem da RSSSF, eles estão atrás de Romário (772 gols) e Josef Bican (805). Mas também há outra conta que diz que Bican lidera com “apenas” 759 gols oficiais – o que faria com que Ronaldo se transformasse no maior artilheiro da história já no próximo gol que marcar.
A própria RSSSF, porém, diz que não tem dados oficiais suficientes para os números e diz que Bican pode ter mais que 805 gols entre seu período como profissional, entre os longínquos anos de 1931 e 1955.