Após quatro dias de espera, a Polícia Federal (PF) iniciou, no sábado (27), uma megaoperação para combater os garimpos ilegais no Rio Madeira, na altura da cidade de Autazes.Anúncios
A ação, que conta com o apoio do Ibama, Força Nacional e da Marinha, vem sendo tratada em sigilo para evitar uma reação mais violenta dos garimpeiros, que já se dispersaram pelo rio em direção a Porto Velho.
Mesmo com a forte chuva na Amazônia, quatro colunas de fumaça preta podiam ser vistas sobre o rio, na tarde deste sábado.
Trinta e uma balsas de garimpo foram incendiadas por agentes da Polícia Federal. Eles se locomoviam armados pela água em duas lanchas e lançavam combustível nas estruturas abandonadas pelos garimpeiros, que se esconderam na selva.
Um homem foi detido com uma grande quantidade de ouro. A operação continua neste domingo (28).
As embarcações funcionam como uma verdadeira casa-trabalho para os garimpeiros, com alojamentos, refeitórios, ar-condicionado, internet de satélite e — o principal — a draga que funciona 24 horas por dia, revirando o fundo do rio.
Em outros pontos do rio, helicópteros da PF voavam a baixa altitude e davam ordens para que os garimpeiros estacionassem as balsas numa determinada margem para atearem fogo depois. Alguns exploradores se queixavam de terem sido deixados na mata só com a roupa do corpo.
Com a expectativa de que a PF se preparava para uma megaoperação, a maioria dos garimpeiros decidiu se dispersar nesta sexta-feira, o que facilitou as apreensões dos órgãos federais.
Antes atracados em Autazes, as embarcações hoje foram apreendida na altura de Nova Olinda. As balsas, no entanto, são lentas e não conseguem escapar das lanchas da PF que operam com três motores cada.
Fonte: BNC