Da tribuna do Senado, o senador Plínio Valério (PSDB-AM), convocou novamente a população a participar amanhã do ato na Praça dos Três Poderes, em defesa da CPI da Lava-toga, do impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal e do fim do foro privilegiado. O senador defendeu também a retomada da tramitação de sua PEC que prevê mandato fixo de 8 anos para ministros do Supremo e a instalação da CPI das ONGs/Fundo Amazônia, protocolada por ele com 30 assinaturas e que até hoje não foi lida no plenário pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O senador tucano fez questão de frisar que não gritarão contra a instituição, mas contra ministros que tem se desviado do caminho da Constituição. E que há também bons ministros, que não é uma ação generalizada .
_ A preocupação sempre de que não estamos lidando, lutando, contestando a instituição Supremo Tribunal Federal, mas questionando, sim, e apontando o dedo, sim, para alguns ministros que não sabem se comportar ou que, no mínimo, não tenham o comportamento de ministro, porque não é apenas um, dois nem três. É comum, é comum agirem sempre conforme a sua cabeça, a sua validade e o seu pensamento, esquecendo que estão ali em nome de todo um povo, de toda uma conjuntura _ disse Plínio.
O senador tucano disse que vai participar da manifestação feliz da vida, porque vai se reencontrar com o povo, nas ruas, sem estar em campanha política. E não é tão comum, fora da campanha, reunir 43 movimentos independentes, Senadores e outros políticos. O ato está marcado para as 14 horas, quando os senadores que integram o grupo Muda Senado, Muda Brasil, se reunirão para irem juntos para a Praça dos Três Poderes.
No discurso Plínio disse que a ruptura do sistema que vai levar ao fim da blindagem dos ministros do STF começou com a renovação do Congresso.
“O que me leva à mesma praça, o que me leva ao lado da população – e eu agradeço aos movimentos que nos chamam, que nos convocam para que estejamos juntos – é a consciência que tenho de que a História não perdoa aqueles que saem da batalha, que abandonam o campo de batalha em plena guerra, em plena luta. Nós estamos numa ruptura, nós estamos numa transposição. O Brasil há que mudar e deu o primeiro sinal: “Nós mudamos o Congresso Nacional; mudem vocês o que tem que ser mudado, porque vocês são nossos representantes “, disse Plínio, destacando que esse é o recado que tem sido dado pela sociedade.
Ele disse que o ato será ordeiro, republicano e democrático.
“É o grito de quem quer gritar alto. E eu particularmente repito que me sinto honrado por poder gritar o mesmo grito de um povo, de poder lutar a mesma luta de um povo, quando nós políticos somos acusados de estarmos destoando, de não caminhar juntos, de não navegar no mesmo rio”, completou.