Um dos laudos mais esperados no “Caso Flávio” era o de DNA (sangue). Se o sangue próximo da mesa, no chão e na divisória da cozinha fossem de Flávio, confirmaria a versão de que ele teria sido morto na casa. Mas o resultado final apontou que o sangue era realmente de Alejandro.
Conforme o exame de DNA, o sangue encontrado na cadeira, no rodapé do balcão da cozinha e nas proximidades do balcão pertencem a uma única pessoa: Alejandro Molina.
Apesar da importância desse resultado, ela é omitida nas conclusões apresentadas pelos investigadores no relatório final e poderá ser questionada pela defesa como uma espécie de direcionamento e distorção dos fatos pela autoridade policial. A conclusão se resume em citar um único trecho da perícia que diz “…a falta de isolamento e preservação do local, inferem os peritos criminais a impossibilidade de se deliberar quanto à dinâmica do evento”.
Alejandro estava sentado na cabeceira da mesa quando foi ferido pelo PM Elizeu no lado direito da cabeça e começou a sangrar. O sangue na divisória da cozinha que ficava ao lado da mesa e o chão ao redor correspondem com o sangramento de Alejandro e sua posição na casa no momento da invasão.
Resultado com objetivos políticos
Mesmo sem qualquer prova ou declaração que aponte Alejandro como autor da morte de Flávio, os investigadores incluíram seu nome ao lado de Elizeu e Mayc, como autores, o acusando ainda de homicídio tentado contra Magno, que nunca fez essa acusação contra ele. Alejandro já estava ferido quando Magno correu para o lado de fora da residência e se deparou com Mayc. Afirmações como essa, sem as devidas provas, mostram que o indiciamento tem sérias intervenções políticas, já que apenas as pessoas ligadas ao prefeito Arthur Neto foram indiciadas. Além dos réus confessos Mayc e Elizeu, também foram indiciados Alejandro, Del Gatto e Paola. As demais foram liberadas.