Em comunicado emitido na noite desta quinta-feira (3), a PRF informou que já foram desfeitas 936 manifestações de apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) que bloqueavam rodovias desde segunda-feira (31) em protesto contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo a PRF, há ainda 24 ocorrências em rodovias federais em 6 estados, mas nenhuma delas bloqueia totalmente as vias.
A corporação informou na quarta-feira (2) que já foram aplicadas mais de 2 mil multas, totalizando R$ 18 milhões a serem pagos aos cofres públicos. Nesta quinta-feira (3), o Supremo Tribunal Federal (STF) pediu um relatório sobre todas as sanções aplicadas.
Protestos contra a vitória de Lula.
Desde segunda-feira (31), centenas de bloqueios foram realizados em diversos pontos do país por apoiadores inconformados com a derrota do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, nas eleições do último domingo (30).
Lula obteve mais de 60,3 milhões de votos, o equivalente a 50,9% dos votos válidos, na eleição e assumirá um terceiro mandato presidencial em 1º de janeiro de 2023.
Na noite de segunda-feira (31), o Supremo Tribunal Federal (STF), acionado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), determinou a liberação das vias. A alegação da CNT é a de que os bloqueios causam risco de desabastecimento.
O Ministério Público Federal (MPF) enviou uma solicitação à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (2) para abertura de inquérito para investigar o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. O inquérito vai apurar tanto a realização de operações nas estradas pela PRF no domingo de eleições (30), que fizeram eleitores chegarem atrasados aos locais de votação, como se a instituição foi conivente com os bloqueios das rodovias pelo país.