A primeira-dama do município, Elisabeth Valeiko, se pronunciou, nesta segunda-feira(9), sobre a sua tentativa de ver o filho, Alejandro Valeiko, no Centro de Detenção Provisório Masculino (CDPM). O fato ocorreu no último domingo(8) e foi alvo de diversas críticas.
Segundo a primeira-dama, ela foi ao presídio sem avisar ninguém porque queria poder se sentir “um pouco próxima do filho”. Entretanto, informações desencontradas sobre o cadastro e a burocracia para entrar na unidade, a impediram de entrar no presídio. Valeiko também negou que tenha tentado “burlar” o sistema, como foi afirmado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
“As informações são desencontradas, cheias de burocracias. Mas aos poucos vou entender melhor tudo isso. Minha desinformação sobre o assunto, criou uma narrativa totalmente equivocada. Disseram de tudo, que furei fila, que estava mimando meu filho… De forma alguma vou buscar um tratamento diferenciado das outras mães. Vi um vídeo de alguém comentando que eu não era melhor que ninguém. E isso é verdade. A mais pura verdade. Se esse é o procedimento, estarei lá, na fila, no sol ou na chuva, para poder vê-lo. Sou apenas mais uma mãe que tenta lutar pelo bem de seu filho. Uma batalha que não começou agora”, disse em seu perfil no facebook.
Elisabeth relatou ainda que há mais de 7 anos tem travado uma luta contra o vício do filho e que nesse caso, todas as mães estão sofrendo. Além disso, o caso tem sido exposto com fins políticos para atacar o prefeito de Manaus, Arthur Neto.
“Agora, tudo isso é usado de forma forçosa, buscando minha humilhação e de meu esposo, que não tem parado de trabalhar para honrar a confiança que o povo de Manaus nele depositou. Te peço desculpas Arthur. Não queria que minha dor fosse usada para lhe atacar. Você é um homem bom, com bons ideais”, escreveu.
Valeiko reforçou que deseja a retirada do sigilo do processo para que todos tenham acesso as conclusões da polícia e tudo possa ser esclarecido.
Confira a nota na íntegra:
Não tem sido fácil, como mãe, enfrentar tudo o que vem acontecendo nos últimos dias. E as falsas notícias diárias tornam a dor ainda mais difícil. Afirmam coisas que não fiz. Sou julgada pelo que não sou. E o pior: sem qualquer chance de defesa, tudo para se fazer politicagem.
Ontem fui ao presídio sem avisar. Queria poder me sentir, pelo menos, um pouco próxima do meu filho. Queria me cadastrar para vê-lo. E aqui começo a viver o drama de muitas outras mães que acabaram vendo seus filhos, de alguma forma, dependentes do sistema prisional.
As informações são desencontradas, cheias de burocracias. Mas aos poucos vou entender melhor tudo isso. Minha desinformação sobre o assunto, criou uma narrativa totalmente equivocada. Disseram de tudo, que furei fila, que estava mimando meu filho… De forma alguma vou buscar um tratamento diferenciado das outras mães. Vi um vídeo de alguém comentando que eu não era melhor que ninguém. E isso é verdade. A mais pura verdade. Se esse é o procedimento, estarei lá, na fila, no sol ou na chuva, para poder vê-lo. Sou apenas mais uma mãe que tenta lutar pelo bem de seu filho. Uma batalha que não começou agora.
Há anos tenho enfrentado uma luta cruel e desigual contra o vício de meu filho em drogas. De início, a gente quer acreditar que é apenas uma fase e que tudo vai passar. Mas já se foram mais de sete anos, entre internações e lágrimas. Agora, tudo isso é usado de forma forçosa, buscando minha humilhação e de meu esposo, que não tem parado de trabalhar para honrar a confiança que o povo de Manaus nele depositou. Te peço desculpas Arthur. Não queria que minha dor fosse usada para lhe atacar. Você é um homem bom, com bons ideais.
Sobre meu silêncio até aqui é em obediência às orientações da defesa. E como isso tem sido difícil pra mim. Quero muito que todas as pessoas tenham acesso ao conteúdo das conclusões da polícia, pois ficará claro o uso disso para promover escárnio. Mas acredito muito nos propósitos de Deus. Essa experiência dolorosa certamente será um instrumento dEle para me ajudar a ver, ainda mais de perto, a situação de outras famílias que vivenciam o que eu estou passando. De servir como uma maneira de dar visibilidade ao sofrimento que todas elas passam há anos.
Agradeço a todos que permanecem em oração para que esse caso seja tratado de forma honesta. Não é fácil ser mãe. Não é fácil ser mulher. E neste caso todas as mães estão sofrendo. Definitivamente não foram esses os planos que fizemos quando os embalamos pequenos em nossos braços.