
Manaus (AM) – Aldo Pinto de Oliveira, de 49 anos, foi identificado como o agressor do adolescente autista de 14 anos no bairro Colônia Terra Nova, zona Norte de Manaus. O caso, que chocou a capital amazonense, ganhou repercussão nacional após um vídeo das agressões viralizar nas redes sociais. Nesta quarta-feira (26), a deputada Joana Darc (União Brasil) expôs o nome do suspeito durante discurso na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), cobrando justiça e condenando veementemente o ato de violência.
Aldo Pinto de Oliveira se autodenomina ex-militar, mas a Polícia Militar do Amazonas já negou qualquer vínculo do homem com a corporação. Ele mora no bairro Colônia Terra Nova e, segundo relatos de vizinhos, já teria sido envolvido em outros conflitos na região.
No dia do crime (19 de março), Aldo alegou que o adolescente — que voltava da escola fardado — era um dos responsáveis por chutes no portão de sua casa. Armando uma emboscada, ele atacou o jovem com um pedaço de madeira, socos e tapas, além de enforcá-lo com a alça da mochila. O vídeo das agressões mostra o menino, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), sem reagir, enquanto Aldo desfere golpes brutais.
Indignada, a deputada Joana Darc usou a tribuna da Aleam para denunciar publicamente o agressor:
“Quero deixar aqui a minha indignação, com o maior prazer do mundo, expondo o Aldo Pinto de Oliveira, de 49 anos, um marmanjo, que deveria respeitar um adolescente autista, deveria parar de fazer gracinha, porque eu duvido que ele faria se fosse um incapaz”, declarou, sob aplausos.
A parlamentar reforçou a necessidade de responsabilização penal e criticou a demora nas ações judiciais.
O vereador Aldenor Lima (União) também se manifestou sobre o caso, afirmando que Aldo agiu com premeditação:
“Se fosse com o meu filho Joaquim, eu queria ver se esse rapaz teria coragem de fazer isso na minha frente, que hoje, a gente ia estar rezando a missa de sétimo dia dele”, disparou.
O advogado Vilson Benayon, que representa a família da vítima, anunciou que entrará com um pedido de prisão temporária contra Aldo Pinto de Oliveira. Ele destacou que o suspeito ainda intimidou a família do adolescente após o crime, indo até a residência deles para “tirar satisfação”.
“Ele agride de forma vil um autista e agora não quer responder pelos atos. Vamos garantir que a Justiça seja feita”, afirmou Benayon.
O caso está sendo investigado pelo 18º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Apesar de ter confessado o crime, Aldo foi liberado após prestar esclarecimentos, o que gerou revolta na comunidade.