O município de Tefé entrou em Situação de Emergência em função da seca que atinge a região. A Defesa Civil do Estado informou que outros 41 municípios estão enfrentando grandes dificuldades, como na calha do Rio Negro, onde 11 cidades estão em situação de atenção e nas calhas dos rios Juruá, Purus e Solimões, há 34 cidades em condição de alerta.
O desafio da navegação
Além do impacto direto no abastecimento de água e pescado para as populações, a redução do nível das águas dos rios afeta o transporte de mercadorias e, consequentemente, a logística de alimentos, remédios e combustíveis. Em Manaquiri, por exemplo, a prefeitura fez alerta de possível falta de combustíveis. O município não pode ser abastecido por rodovia – uma vez que a ponte do rio Curuçá desabou – e, agora, a chegada das balsas também está difícil.
Exploradores nas balsas
Por falar no rio Curuçá, os donos de balsas estão sendo denunciados por motoristas de ônibus, caminhões e carretas, pelo aumento exorbitante dos preços. Segundo um motorista revelou ao ÚNICO, os donos de balsas estariam cobrando R$ 2,5 mil para atravessar um ônibus e o valor sobe para R$ 5 mil, no caso das carretas.
Desmatamento colabora
Em setembro passado, o pesquisador sênior da USP (Universidade de São Paulo) e integrante da Royal Society, Carlos Nobre, já fazia previsão de uma longa seca para a região, neste ano, em função do desmatamento e do aquecimento global. Estudos do Inmet reforçam a tese de seca prolongada e possivelmente recorde neste ano.
fonte: Único