Senado realiza levantamento minucioso de prejuízos e se prepara para responsabilizar culpados criminalmente
Em Sessão Plenária extraordinária convocada nesta terça-feira (10), que aprovou a Intervenção Federal na segurança pública do Distrito Federal, o Senador Omar Aziz propôs a criação de uma Comissão Externa de senadores para acompanhar as investigações que irão responsabilizar os culpados pelos atos de vandalismo realizados em Brasília. O Senado estima prejuízos superiores a R$ 4 milhões com a depredação promovida pelos manifestantes.
Omar defendeu que a comissão seja formada por senadores que possuem experiência como advogados e delegados, incluindo a indicação de nomes como Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Fabiano Contarato (PT-ES), ambos delegados de carreira. Na prática, a comissão acompanharia de perto as ações jurídicas da Advocacia do Senado e da Polícia Legislativa em relação a invasão e depredação dos Três Poderes por parte de manifestantes golpistas.
Nos ataques do último domingo, invasores depredaram e saquearam dependências do Senado e da Câmara dos Deputados, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). Há relatos de destruição de obras de arte, de documentos oficiais, roubo de armas e equipamentos oficiais, tudo registrado pelos próprios autores nas redes sociais.
“Sugeri a criação de uma comissão de senadores para que acompanhem as investigações. Temos senadores delegados de carreira que podem acompanhar os inquéritos e nos manter informados sobre aquelas pessoas que em ato terrorista depredaram os três poderes”, afirmou Omar Aziz, que recomendou uma estrutura com cinco parlamentares.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiantou que a Casa irá realizar um levantamento meticuloso dos prejuízos causados para responsabilizar os culpados. “Ao identificá-los, a advocacia do Senado também já está incumbida de fazer as representações criminais por todos os tipos penais praticados neste 8 de janeiro na sede do Senado: desde a invasão, passando pelo dano ao patrimônio público até o crime mais grave que é o atentado ao estado de direito”, informou Pacheco. As representações criminais devem ser feitas ao Supremo Tribunal Federal (STF).