COARI-AM – O segurança Patrônio Dácio Ferreira, de 39 anos, foi encontrado morto enforcado em sua residência no bairro do Pêra, no município de Coari, distante 363 quilômetros de Manaus, nesta segunda-feira (1).
Para a Polícia e amigos, Petrônio se matou depois que soube que seria preso por forjar o assassinato da própria esposa, a dona de casa Leomara Ferreira da Costa.
“Karol” – como Leomara era chamada em Coari – foi encontrada enforcada em casa na Rua Lúcia Rodrigues, no bairro Urucu, em Coari, na manhã do último sábado (27).
Petrônio trabalhava como um dos seguranças do prefeito Adail Filho.
De acordo com o delegado José Barradas Junior, titular da Delegacia Interativa de Coari, o caso envolvendo “Karol” era muito complexo por, inicialmente ser investigado como suicídio.
Mas aprofundando um pouco mais as investigações, o delegado afirmou que o caso foi solucionado e foi descoberto que se tratava de feminicídio e não suicídio, e que Petrônio tinha forjado a morte da própria esposa para parecer que a mesma tinha cometido suicídio. Isso só para dificultar as investigações e o trabalho da Polícia.
FORJOU O CRIME
O delegado José Barradas informou que logo de cara no local em que “Karol” foi encontrada enforcada, foram encontrados vestígios de sangue na parede e marcas de agressões físicas no corpo da vítima.
Para completar, Petrônio Dácio mentiu dizendo que só tinha estado na casa da vítima durante o dia 26 e que só tinha retornado para la na manhã do dia 27 quando já encontrou a mesma morta. Isso depois de arrombar a porta junto com um vizinho.
Mas Petrônio foi desmentido pela própria filha de 10 anos que disse que ele tinha ido sim na noite anterior do dia 26 e teria colocado algo em sua comida para que ela dormisse logo.
Para completar, o laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Leomara tinha sido estrangulada, ou seja, ela foi vítima de feminicídio e não de suicídio.
Diante das provas, o delegado José Barradas solicitou a Justiça a prisão preventiva de Petrônio Dácio que ao saber que iria ser preso, se desesperou e cometeu suicídio.
Os familiares disseram que até chegaram a conversar com o mesmo para se entregar a Polícia e confessar o crime. Mas não adiantou.
CIÚME POSSESSIVO
O motivo do crime, segundo as investigações, era o fato de Petrônio não aceitar a separação e ter um ciúme possessivo da ex-mulher.
Ainda segundo o delegado Barradas, Petrônio queria ter um controle total da esposa sendo possuidor, inclusive, da senha de seu celular e dos seus cartões de crédito.
Inclusive, de posse de um dos celulares da vítima, ele chegou a escrever mensagem se passando por Cleomara, na qual a mesma escrevia que estava depressiva o que serviria para justificar suicídio, o que foi desmentido pelas investigações.